Putin adia plebiscito constitucional devido ao novo coronavírus
Ele anunciou pacote de medidas sociais e econômicas para ajudar a população, a primeira das quais foi declarar os próximos dias como não úteis
Internacional|Da EFE
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (25) o adiamento do plebiscito constitucional previsto para 22 de abril e declarou que a próxima semana será de folga em todo o país, com o objetivo de conter a propagação do novo coronavírus.
"A prioridade é a saúde, a vida e a segurança das pessoas. Portanto, acredito que a votação deve ser transferida para uma data posterior", disse Putin em um pronunciamento pela televisão.
Putin já havia falado da possibilidade de adiar o plebiscito, devido à pandemia, que atingiu 658 casos na Rússia, informaram hoje as autoridades locais.
Nas últimas semanas, Putin esteve envolvido em uma intensa campanha eleitoral para obter aprovação das reformas constitucionais. Se os russos apoiarem as emendas propostas por Putin, ele poderá ser reeleito em 2024 e também em 2030, o que é proibido pela atual Constituição.
"Devemos entender que a Rússia, devido à sua localização geográfica, não pode se isolar da ameaça. Ao lado de nossas fronteiras, existem países que foram severamente afetados pela epidemia", ressaltou.
Dirigindo-se aos cidadãos, ele reconheceu que "conter completamente" a entrada do coronavírus no território russo é "objetivamente impossível".
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"O que podemos fazer é trabalhar de maneira profissional e organizada, nos adiantando", afirmou.
Putin anunciou um pacote de medidas sociais e econômicas para ajudar a população, a primeira das quais foi declarar o período de 28 de março a 5 de abril como dias não úteis.
"É extremamente importante conter a ameaça de uma rápida disseminação da infecção. É por isso que vou declarar a próxima semana de folga com um salário garantido", afirmou.
Além disso, também pediu aos russos que obedeçam às recomendações das autoridades, que hoje ordenaram o fechamento de cinemas e locais de entretenimento.
"Acredite, o mais seguro agora é ficar em casa", disse o presidente russo.