Putin vai expandir guerra e atacar países da Europa, alerta Volodymyr Zelensky
Presidente ucraniano afirma que drones russos testam defesas da OTAN e cita Itália, Noruega, Dinamarca e Suécia como exemplos
Internacional|Do R7, em Brasília
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou que Vladimir Putin pretende ampliar o conflito para além das fronteiras ucranianas, atingindo países europeus. A declaração foi feita após novos ataques de drones da Rússia em direção à Polônia, à Romênia e a outras nações vizinhas.
“Putin não vai esperar para terminar sua guerra na Ucrânia. Ele abrirá outras portas. Ninguém sabe onde. Ele quer isso”, afirmou Zelensky.
De acordo com o líder ucraniano, os ataques fazem parte de uma estratégia para testar a capacidade de defesa aérea da Europa e reduzir o apoio à Ucrânia.
“A Rússia está testando sua capacidade de se defender e tentando influenciar sociedades, então as pessoas começam a perguntar: ‘Se não podemos nos proteger, por que deveríamos continuar apoiando a Ucrânia?’”, disse.
Riscos à Europa
Segundo Zelensky, 92 drones foram lançados em direção à Polônia. A maioria foi interceptada ainda sobre território ucraniano, mas 19 atingiram o espaço aéreo polonês.
“Vemos a direção, por assim dizer, a coreografia deste voo. A Itália pode ser a próxima. Veja a Noruega, a Dinamarca. Há sinais da Suécia. Há romenos, poloneses, os países bálticos. Putin está testando o que os europeus têm”, destacou.
O presidente ucraniano disse que não basta transferir sistemas como o Patriot para proteger os céus europeus, já que não há interceptadores suficientes no mundo. Para ele, o fundamental é compartilhar conhecimento e experiência.
“O que é necessário é conhecimento: a experiência de nossas equipes móveis de combate a incêndios, nossos operadores de drones, a liderança de nossas forças aéreas e os comandantes de nossas unidades de defesa aérea”, afirmou.
Zelensky também revelou que representantes de diversos países europeus devem viajar para a Ucrânia a fim de receber treinamento prático sobre como lidar com ataques aéreos russos. “Estamos prontos para compartilhar nossa experiência”, acrescentou.
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