Mesmo com mandado de prisão, Putin desafia o mundo para visitar Emirados Árabes e Arábia Saudita
Presidente russo discutirá o conflito entre Israel e terroristas do Hamas e petróleo, além de se encontrar com presidente do Irã
Internacional|, com R7
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, visitará os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita nesta quarta-feira (6) para abordar, em particular, o conflito entre Israel e os terroristas do Hamas e a questão do petróleo, anunciou o Kremlin nesta terça-feira (5).
"As visitas de trabalho do presidente Putin aos Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita acontecerão amanhã [quarta-feira]. Tudo acontecerá em apenas um dia", afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
Em março, Putin foi alvo do TPI (Tribunal Penal Internacional), que emitiu um mandado de prisão ao presidente russo por crimes de guerra cometidos na Ucrânia. Entre as suspeitas estão a deportação ilegal de crianças, transferência ilícita de pessoas do território ucraniano para a Rússia e danos à infraestrutura civil. Moscou nega as acusações.
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Nem Emirados Árabes Unidos nem Arábia Saudita assinaram o documento de criação e não fazem parte do TPI. Por isso, Putin passará longe de qualquer risco de ser preso nesta viagem.
Segundo o porta-voz, durante a visita Putin discutirá "as relações bilaterais, a agenda internacional, o conflito israelense-palestino", assim como a redução da produção de petróleo no âmbito da aliança de petróleo OPEP+, da qual a Rússia faz parte.
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O Kremlin também anunciou que o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, visitará a Rússia na quinta-feira para conversar com Putin. Os dois países estão fortalecendo os vínculos econômicos e militares diante das sanções ocidentais.
O Kremlin não informou se o presidente russo viajará à COP28, a conferência internacional sobre o clima que está acontecendo nos Emirados.
O presidente russo havia limitado até o momento suas viagens ao exterior justamente devido ao mandado de prisão internacional. Putin, que pode ser preso em 123 países, incluindo o Brasil, não participou das últimas reuniões de cúpula do G20 e do grupo Brics.
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