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Ramaphosa vence eleições na África do Sul por maioria absoluta

Pela primeira o CNA — partido histórico ligado a Nelson Mandela — teve menos de 62% de apoio, segundo os resultados provisórios

Internacional|Da EFE

O CNA conseguiu 57,73% dos votos
O CNA conseguiu 57,73% dos votos

O Congresso Nacional Africano (CNA) ganhou as eleições gerais na África do Sul por uma maioria absoluta que permitirá a Cyril Ramaphosa se manter como presidente, embora pela primeira vez esse partido tenha menos de 62% de apoio, segundo os resultados provisórios divulgados nesta sexta-feira (10).

Com 95,11% das urnas apuradas, o CNA ficou com 57,73% dos votos (cerca de 9,15 milhões), o que já lhe assegura uma vitória por maioria, visto que o total de eleitores que participou do pleito de quarta-feira rondou os 17,6 milhões.

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"Quarenta e oito partidos participavam. O que se deveria esperar? (...) A questão é que a marca CNA é ainda a marca do povo da África do Sul", disse hoje à imprensa o secretário-geral do partido, Ace Magashule, em relação à queda do apoio.

Os resultados consolidam a liberal Aliança Democrática (AD, de centro) como o segundo maior partido do país e seu chefe, Mmusi Maimane, como líder da oposição.


Neste ponto da apuração, a AD soma 20,65% dos votos, pouco menos que nas eleições gerais de 2014.

"Um dia este país entrará em uma era pós-movimentos de libertação", afirmou Maimane à imprensa pela manhã, "orgulhoso de ter assegurado o centro, segundo ele, contra o nacionalismo, o populismo e as trincheiras raciais.


A extrema esquerda também melhorou seus números, com os Lutadores pela Liberdade Econômica (EFF, na sigla em inglês) de Julius Malema com 10,51% dos votos.

Segundo os dados oficiais, a participação rondou 65,61%, a menor do período democrático, com uma queda de 8 pontos em relação às eleições de 2014, atribuída ao descontentamento com a política e ao clima ruim em algumas regiões.


Os dados deste pleito são os piores para o CNA em uma eleição geral desde o fim definitivo do sistema segregacionista do apartheid, há exatamente um quarto de século.

"Cometemos erros, mas pedimos perdão", disse Ramaphosa após votar nesta quarta-feira na sua última aparição pública.

A campanha eleitoral foi pacífica, centrada nas promessas de luta contra a corrupção, na alta taxa de desemprego (27%) e na extrema desigualdade do país.

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