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Reino Unido e líderes mundiais se despedem de Elizabeth 2ª no 'funeral do século'

Após dez dias de luto nacional, 2.000 pessoas, entre elas chefes de Estado e monarcas, acompanham adeus na Abadía de Westminster

Internacional|Do R7, com informações da AFP

Milhares de pessoas aguardam do lado de fora do Castelo de Windsor para último adeus
Milhares de pessoas aguardam do lado de fora do Castelo de Windsor para último adeus Milhares de pessoas aguardam do lado de fora do Castelo de Windsor para último adeus

Ícone de toda uma era, Elizabeth 2ª, monarca britânica que morreu aos 96 anos de idade e após 70 anos de reinado, recebe o último adeus nesta segunda-feira (19) no "funeral do século", na presença de líderes de todo o mundo, antes de ser enterrada em cerimônia particular em Windsor.

"Adeus à nossa gloriosa rainha" e "uma vida de serviço altruísta"são as manchetes nas primeiras páginas dos jornais britânicos nesta segunda-feira, que saúdam a "rendição" de Elizabeth 2ª à Coroa.

Após dez dias de luto nacional, homenagens e rituais de grande pompa, cerca de 2.000 pessoas, incluindo centenas de chefes de estado e monarcas, começaram a chegar para uma cerimônia religiosa na Abadia de Westminster que deve começar às 7h (horário de Brasília).

Do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao brasileiro Jair Bolsonaro, dos reis da Espanha —Felipe e Letizia, e dos eméritos Juan Carlos e Sofía — ao imperador Naruhito do Japão, cerca de 500 líderes e monarcas são convidados para uma cerimônia que se tornou o maior "desafio" de segurança para o Reino Unido.

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Nos últimos cinco dias, centenas de milhares de pessoas passaram pela capela funerária, instalada na parte mais antiga do Parlamento britânico, depois de esperarem até 24 horas em uma fila que serpenteava pelo centro de Londres, às margens do rio Tâmisa.

Chrissy Heerey, um membro ativo da Força Aérea Britânica, foi a última pessoa a passar. "Quando me disseram 'você é a última pessoa', eu disse: 'Sério?'", surpreendeu-se a mulher, que passou duas vezes pela fila.

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A partir das 6h35 (horário de Brasília), o caixão será levado em cortejo para a Abadia de Westminster, seguido a pé pelo novo rei Carlos 3º e outros membros da família real britânica, para um funeral que é anunciado como grandioso.

A rainha "não queria serviços longos e chatos, não haverá tédio, mas eles serão transportados para a glória ao ouvir o serviço", disse Lord Sentamu, uma liderança religiosa de York, à rede britânica BBC.

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"Você pode esperar o melhor dos serviços funerários, o serviço do livro de orações, as palavras que inspiraram Shakespeare", explicou.

O decano de Westminster, David Hoyle, conduzirá o serviço e Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, fará o sermão.

Milhares nas ruas

A rainha mais velha que o Reino Unido já teve morreu em 8 de setembro, aos 96 anos, enquanto passava o verão em sua residência escocesa em Balmoral.

Sua saúde não parava de se deteriorar há um ano, mas o desaparecimento de uma monarca, cuja presença parecia quase eterna, chocou o país e o mundo.

O Reino Unido a homenageou com dez dias de luto nacional, desfiles e cortejos e uma enorme emoção popular, que tornou quase imperceptíveis os protestos de uma minoria de republicanos.

Seu filho mais velho, de 73 anos, a sucedeu como Carlos 3º. Até agora, um dos membros menos apreciados da família real britânica, sua popularidade aumentou nos últimos dias.

Com capacidade para cerca de 2.200 pessoas, a imponente igreja localizada no centro de Londres não poderá acomodar as multidões de britânicos ansiosos por acompanhar sua rainha até o fim.

Logo pela manhã, milhares de pessoas de todas as idades já estavam esperando em frente ao Palácio de Buckingham, algumas com bandeiras britânicas.

"Sempre dissemos que, se a rainha morresse, iríamos ao seu funeral de estado. Já fomos aos casamentos [reais], ao Jubileu [de Platina] em junho. Esperamos ver o carro funerário", disse Liz, uma mulher de 69 anos, que chegou com a amiga Jane.

Muitos passaram uma ou mais noites ao ar livre para reservar um lugar na primeira fila. Linda Keeble, 59, e seu marido Ray, passaram a noite em uma simples cadeira dobrável, já que barracas não eram permitidas, para garantir que eles vissem o sol passar.

Depois de deixar a Abadia de Westminster, um cortejo levará o caixão em procissão pelo centro de Londres até Wellington Arch em Hyde Park Corner, e de lá, de carro funerário, até o Castelo de Windsor, que se tornará a residência da última rainha.

Ingleses se despedem de Elizabeth 2ª no último dia de velório. Veja fotos:

Reinado de Elizabeth 2ª

Símbolo de uma era de grandes mudanças, Elizabeth 2ª subiu ao trono em 1952, em um Reino Unido ainda atolado no pós-guerra, e partiu em 2022 do pós-pandemia e do Brexit.

Ele não só conheceu 15 primeiros-ministros britânicos, de Winston Churchill à atual Liz Truss, mas também figuras históricas como o soviético Nikita Khrushchev e o sul-africano Nelson Mandela. Da mesma forma, teve contato com artistas como Charlie Chaplin, Michael Jackson e Lady Gaga.

Em Windsor, o cortejo seguirá para a Capela de São Jorge ao longo da grande avenida que atravessa os terrenos do castelo. Nesta igreja do século XV, conhecida por ter sido palco dos últimos casamentos reais, será realizado mais um serviço religioso com 800 convidados, incluindo empregados do castelo.

Mais tarde, numa última cerimônia privada, reservada aos familiares mais próximos, a rainha será enterrada no que é conhecido como o "Memorial Jorge VI", um anexo onde já repousam os seus pais e as cinzas da sua irmã Margarita.

Os restos mortais de seu marido, o príncipe Philip, serão enterrados ao lado dela, retirando-os da cripta real, onde repousam desde sua morte em abril de 2021, com quase 100 anos.

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