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Rússia dobra o número de golfinhos treinados por medo de ataque ucraniano

Animais guardam a frota russa na base do porto de Sevastopol, na Crimeia, que sofreu ataques de drones nos últimos meses

Internacional|Maria Cunha*, do R7

Mais golfinhos estão protegendo base naval russa
Mais golfinhos estão protegendo base naval russa

A Rússia dobrou o número de golfinhos treinados que guardam a frota do país no Mar Negro. O motivo, segundo relatos, são os temores de um contra-ataque da Ucrânia.

Nos últimos meses, Sevastopol, na Crimeia — local do principal porto no Mar Negro e sede da frota russa — tem sofrido ataques regulares de drones ucranianos.

O portal Naval News. informou que, em razão disso, mais cercados para os golfinhos foram vistos protegendo a base naval e os navios de guerra do Kremlin, como parte do aumento das medidas de defesa.

O site estima que a Rússia agora use seis ou sete golfinhos, em comparação com três ou quatro no início da guerra, para que possam cobrir uma área mais ampla.


Golfinhos em missão

Com dispositivos tecnológicos avançados, os golfinhos — altamente qualificados — podem detectar alvos e enviar um sinal de volta para um operador.

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Os animais conseguem localizar minas, ameaças e mergulhadores com relativa facilidade e também podem ultrapassar qualquer nadador sem dificuldades.


Além disso, eles também fazem parte de um sistema de defesa multicamadas que ainda inclui redes antitorpedo e lançadores de foguetes.

Em abril, a Rússia atribuiu um grande incêndio em um tanque de combustível em Sevastopol a um drone ucraniano, o que gerou especulações de que os ataques poderiam estar preparando o terreno para uma contra-ofensiva.

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Nuvens de fumaça podiam ser vistas subindo do depósito depois que 10 tanques de produtos petrolíferos com capacidade total de 40 mil toneladas foram destruídos, segundo a Inteligência de Defesa da Ucrânia (GUR, na sigla em inglês).

"[O ataque] é um dos elementos de preparação para uma contra-ofensiva", disse Natalya Gumenyuk, porta-voz do Comando Operacional Sul das Forças Armadas.

Outros países, como os Estados Unidos e a Suécia, também usaram golfinhos treinados para reforçar seu poder naval no passado.

A Rússia assumiu o controle da unidade de golfinhos após anexar a Crimeia em 2014. Segundo Moscou, os mamíferos 'desertaram' para o país comandado por Putin.

Manter os animais, no entanto, nem sempre é fácil. Em 2013, dois terços dos golfinhos militares da Rússia foram embora sem licença no Mar Negro — aparentemente em busca de amor.

Uma fonte do exército disse ao MailOnline: "Eles abandonaram um exercício naval e fizeram manobras de tipo amoroso. Eles nadaram para longe em busca de parceiros".

*Sob supervisão de David Plassa

Confira imagens da destruição da barragem da Ucrânia feitas do espaço

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