As principais autoridades de segurança do governo dos EUA afirmaram, em coletiva realizada na Casa Branca nesta quinta-feira (2), que a Rússia continua a realizar campanhas online para tentar interferir na política norte-americana.
As declarações contradizem as afirmações do presidente Donald Trump a respeito do tema. Há 15 dias, ele afirmou não acreditar que a Rússia continue a tentar interferir em eleições norte-americanas.
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"Continuamos a ver uma campanha de mensagens difundidas pela Rússia para tentar enfraquecer e dividir os Estados Unidos", disse o diretor nacional de Inteligência, Daniel Coats.
Em novembro, os EUA realizarão sua eleição parlamentar, que renova praticamente toda a composição do Congresso Nacional.
Atividades ilegais
A atividade ilegal inclui esforços criminosos para desestimular o voto, que nos EUA é voluntário. Além disso, também visaria fornecer financiamento ilegal de campanha, ataques cibernéticos contra infraestruturas de votação e intrusões de computador visando funcionários eleitos e outros, disseram as autoridades na Casa Branca.
"A Rússia tem usado inúmeras maneiras pelas quais eles querem influenciar: através da mídia social, de bots, de atores que eles contratam através de proxies — tudo isto e potencialmente mais", disse Coats. "Está acontecendo e com a intenção de alcançar seu objetivo de nos dividir e enfraquecer nossos valores democráticos."
Coats também observou que a Rússia não era o único país que trabalhava para minar as eleições americanas.
Christopher Wray, diretor do FBI, afirmou que investigações sobre a interferência eleitoral estão abertas. Wray também disse que o FBI já estava trabalhando em estreita colaboração com as empresas de mídia social desde antes das campanhas para as eleições de novembro começarem.
Um conselho especial federal está liderando uma investigação criminal sobre a interferência russa nas eleições presidenciais dos EUA em 2016 e qualquer possível cooperação com a campanha do presidente Donald Trump.
Coats e Wray apareceram na coletiva de imprensa da Casa Branca para dar uma visão geral dos esforços da administração Trump para garantir a segurança das eleições, juntamente com a secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, e o diretor da Agência de Segurança Nacional, Paul Nakasone.