Situação de maior usina nuclear da Europa 'é grave' após ataque russo
Instalação em Zaporizhzhia, na Ucrânia, foi alvo de bombardeios nos últimos dias; Kiev e Moscou se acusam mutuamente
Internacional|Do R7
A situação na usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, é "grave", alertou o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o argentino Rafael Grossi, nesta quinta-feira (11) perante o Conselho de Segurança da ONU.
"Reitero que é uma situação séria, grave" e que a AIEA precisa ser autorizada a entrar "o mais rápido possível" para avaliar a situação da maior usina nuclear da Europa, ocupada pela Rússia desde os primeiros dias da invasão da Ucrânia e alvo de bombardeios nos últimos dias.
Bombardeios mortais
A Ucrânia acusou na última quarta-feira (10) a Rússia de realizar ataques que mataram 14 civis em áreas próximas à central nuclear de Zaporizhzhia, controlada pelos russos desde março. Em contrapartida, as tropas de Moscou responsabilizam Kiev pelos bombardeios.
Dnipropetrovsk, a área bombardeada durante a madrugada, é uma região no centro-este ucraniano até agora relativamente segura, para onde civis do Donbass estão sendo levados.
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"Passamos uma noite horrível (...) É muito difícil retirar os corpos dos escombros", afirmou o governador Valentin Reznichenko em uma mensagem divulgada no Telegram. "Peço que todos sigam para locais seguros durante o ataque aéreo (...) Não deixem que os russos os matem", acrescentou.
O chefe do conselho regional, Mikola Lukashuk, disse que os ataques afetaram diretamente uma estação elétrica local, deixando milhares de pessoas sem eletricidade.