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Sob vaias, presidente de Belarus sugere saída sob referendo 

País teve maior protesto no domingo e trabalhadores entraram em greve nesta segunda-feira (17). Lukashenko disse que só deixa o poder morto

Internacional|Do R7

Lukashenko sugere referendo para amenizar crise
Lukashenko sugere referendo para amenizar crise

Após fim de semana de protestos históricos, o presidente de Belarus, Alexandr Lukashenko, acena com a possibilidade de um referendo para rever sua permanência no poder, porém diz que agora só deixa a presidência do país se o matarem.

Nesta segunda (17), trabalhadores de Belarus decretaram greve em apoio às manifestações.

Os protestos começaram depois que os resultados da eleição foram divulgados e garantiram a reeleição de Lukashenko com 80% dos votos. O presidente está no sexto mandato e comanda o país desde 1994. A líder da oposição, Sviatlana Tsikhanouskaya, teve 10% dos votos.

Durante a manhã de hoje, Lukashenko discursou na fábrica estatal de tratores em Minsk, capital do país, mas deixou o palco depois que os trabalhadores começaram a gritar pedindo para ele renunciar.


Segundo a Reuters, Lukashenko disse em discurso que deixaria o poder depois de um referendo. No domingo (16), ele afirmou que o país não vai passar por novas eleições e que não deixa o cargo nem morto.

“Nós vamos colocar as mudanças em um referendo e eu vou entregar meus poderes constitucionais. Mas não sob pressão ou por causa da rua”, disse, fazendo menção aos protestos massivos.


Belarus teve maior protesto da história do país no domingo (16)
Belarus teve maior protesto da história do país no domingo (16)

No domingo (16), o país teve o maior protesto da história, com 65 mil participantes, segundo dados oficiais. A contagem não-oficial disse que entre 150 e 200 mil pessoas estavam na marcha.

“Sim, eu não sou um santo, vocês conhecem o meu lado duro. Eu não sou eterno. Mas se vocês derrubarem o primeiro presidente, vocês vão derrubar os países vizinhos e o resto”, ameaçou.


Segundo a Reuters, a Rússia avisou Lukashenko que está pronta para oferecer ajuda militar caso Belarus sofra com ameaças externas. A legitimidade de Lukashenko é questionada pela União Europeia e pelos Estados Unidos, que acreditam que a eleição teve irregularidades.

O bloco europeu sancionou o país depois que manifestantes denunciaram a brutalidade da polícia na repressão dos protestos e afirmam que foram torturados.

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