O réu Josef Schutz senta-se ao lado de seu advogado Stefan Waterkamp e esconde seu rosto atrás de uma pasta
Tobias Schwars/AFP - 07.10.2021O alemão Josef Schutz, de 100 anos, ex-guarda de um campo de concentração nazista na década de 1940, declarou nesta sexta-feira (8) que é "inocente".
A afirmação ocorreu quando ele foi questionado sobre seu trabalho no campo de concentração de Sachsenhausen, perto de Berlim, durante a Segunda Guerra Mundial.
"Não sei nada a esse respeito", disse Schutz, que nesta semana se tornou o réu mais velho a ser julgado por supostos crimes cometidos durante o nazismo.
O idoso, um ex-cabo da divisão "Totenkopf" das SS, é acusado de "cumplicidade" na morte de 3.518 prisioneiros, entre 1942 e 1945.
Desde que foi inaugurado, em 1936, até sua libertação por parte dos soviéticos, em 22 de abril de 1945, cerca de 200 mil pessoas passaram por Sachsenhausen, principalmente opositores políticos, judeus e homossexuais.
Dezenas de milhares delas morreram de exaustão, devido ao trabalho forçado e às cruéis condições de detenção.