Suspeito de planejar assassinato de deputado venezuelano é preso na Colômbia

Bogotá, 5 nov (EFE).- As autoridades da Colômbia prenderam no norte do país o suposto autor intelectual do assassinato do deputado venezuelano Robert Serra e de sua companheira María Herrera, que aconteceu no dia 1º de outubro em Caracas, a capital da Venezuela, informou nesta quarta-feira a imprensa colombiana. Leiva Padilla Mendoza, conhecido como "Colombia" ou "El Colombia", foi detido por agentes da polícia colombiana no departamento (estado) de Bolívar, no norte do país, segundo a "Radio Caracol". Ao ser consultada pela Agência Efe, a polícia de Cartagena das Índias disse que tem conhecimento da prisão de uma pessoa, mas não confirmou a identidade, nem o possível envolvimento do detido com o assassinato do deputado venezuelano. A direção de investigação da polícia colombiana disse, por sua vez, em Bogotá, que ainda não tinha informação oficial sobre a detenção de Padilla, que está na lista de procurados da Interpol. Na semana passada, a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, informou que já são dez os detidos por envolvimento no assassinato de Serra e Herrera, um crime que, segundo as autoridades locais, tem motivação política e foi executado por paramilitares colombianos. O duplo assassinato foi cometido por seis homens que invadiram a casa do deputado, conforme relatou em várias oportunidades o próprio presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O presidente afirmou que entre os assassinos de Serra e Herrera há pelo menos dois policiais, sendo que um deles era chefe da segurança do parlamentar. Na última sexta-feira, Maduro garantiu que já sabe a identidade dos autores intelectuais do assassinato de Serra e assegurou que "a extrema-direita venezuelana" está envolvida no crime. Maduro disse que um grupo paramilitar colombiano foi quem encomendou o assassinato do "mártir chavista" e pagou US$ 500 mil pelo "serviço". EFE ocm/rpr