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Tarifas dos EUA sobre o Brasil começam a valer daqui a sete dias, diz Casa Branca

Inicialmente, medida entraria em vigor em 1º de agosto, mas ordem executiva assinada por Trump nesta quarta (30) prorrogou ação

Internacional|Do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos começará a valer em 6 de agosto.
  • A medida foi adiada por uma ordem executiva de Donald Trump, que a viu como uma resposta a ameaças à segurança nacional dos EUA.
  • Alguns produtos, como suco de laranja e combustíveis, estão isentos da tarifa, mas commodities como carne bovina e café serão taxadas.
  • O governo dos EUA também sancionou o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky, por supostas violações de direitos humanos e censura.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Mudança na data ocorre após Trump assinar ordem executiva nesta quarta Divulgação/Porto de Santos

A tarifa de 50%, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os produtos brasileiros começará a valer daqui a sete dias.

Inicialmente, a medida entraria em vigor nesta sexta-feira (1º). No entanto, ao assinar uma ordem executiva nesta quarta-feira (30), Trump informou que a tarifa passará a valer sete dias após a publicação do decreto, o que coloca a data de início na próxima quarta-feira (6).


A decisão, segundo comunicado da Casa Branca, responde a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional, à economia e à política externa dos EUA.

Entre os produtos que não receberão a tarifa, estão suco de laranja, aviões comerciais, combustíveis, petróleo e minério de ferro.


Commodities brasileiras com grande fluxo comercial para os Estados Unidos, como carne bovina, café e cacau, não foram incluídas nas exceções e serão taxadas em 50%.

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Café e cacau

Segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), os Estados Unidos são os maiores compradores de café do Brasil — tanto do item torrado quanto do não torrado.


Apenas em junho, os EUA adquiriram 15,9% do café não torrado vendido pelo Brasil, um total de US$ 148,2 milhões.

Também no mês passado, no caso do café torrado — modalidade que inclui extratos, essências e concentrados de café —, os Estados Unidos compraram 23,4% do que foi produzido pelo Brasil: US$ 21 milhões.


Os EUA também têm participação importante na compra do cacau brasileiro. Em junho deste ano, o país foi o maior comprador de cacau em pó, manteiga ou pasta de cacau, com 42,6% de participação (US$ 22,5 milhões).

Com relação ao chocolate e a outras preparações alimentícias oriundas do cacau, os Estados Unidos (12,2%) foram o segundo maior destino no mês passado, atrás apenas da Argentina (27,2%). O valor total das compras chegou a US$ 2,4 milhões.

Frutas

A participação dos EUA no mercado brasileiro de mangas e abacaxis é menos significativa do que o fluxo de café e cacau.

Em 2024, os Estados Unidos foram o 17º maior comprador de abacaxis frescos ou secos, de acordo com números da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Foram 1,7 mil toneladas adquiridas, um total de cerca de US$ 4,1 mil.

Também segundo a Embrapa, em junho deste ano, os EUA compraram cerca de 0,6% da manga exportada pelo Brasil, a oitava maior porcentagem. Países como Holanda (52%), Portugal (9%), Reino Unido (5,6%), Argentina (2,7%), Coreia do Sul (1%) e Chile (1%) tiveram participação maior do que a norte-americana.

Moraes entra na lista da Lei Magnitsky

O governo dos EUA (Estados Unidos da América) também sancionou nesta quarta-feira (30) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky.

A medida é uma sanção econômica, que inclui o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. É aplicada, em geral, a acusados de corrupção ou de graves violações de direitos humanos.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que Moraes está sendo o juiz e o executor de uma “caça às bruxas” contra os EUA, seus cidadãos e as companhias americanas.

“Moraes é responsável por uma campanha opressora de censura, detenções arbitrárias que violam direitos humanos e perseguições políticas — que incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro. As ações de hoje deixam claro que o Tesouro vai continuar a responsabilizar aqueles que ameacem os interesses americanos e a liberdade de nossos cidadãos”, afirma Bessent.

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