O presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu o envio de tropas do exército para o México para impulsionar a "guerra contra as drogas e varrer os cartéis de drogas da face da Terra".
A declaração foi feita, como de praxe, pelo Twitter do presidente, que comentava a morte de nove pessoas de uma mesma família norte-americana em um suposto ataque de criminosos ligados a um carte da região mexicana de Chihuahua.
Em coletiva de imprensa habitual, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse aos jornalistas que agradecerá Trump pela disposição em ajudar o seu país, mas que não permitirá qualquer tipo de intervenção estrangeira em sua estratégia de segurança. Obrador, que assumiu a presidência há cerca de um ano, declarou o fim da política oficial de "guerra às drogas".
"Temos que atuar com indepedência e de acordo com nossa Constituição. Telefonarei ao presidente Trump para dizer que agradeço seu apoio e que podemos contar com ajuda desde que dentro dos marcos legais vigentes", disse o presidente mexicano. "Mas agentes não virão de outro país para o México."
'Eliminar estes monstros', diz Trump
Na série de três tuítes publicados por Trump, ele diz que a família foi morta por ser pega na briga entre dois cartéis — versão ainda não confirmada pela polícia mexicana, que acredita que pode ter sido um ataque direto ao grupo, que mantém uma comunidade religiosa na região.
Em seguida, Trump diz que "se o México pedir ou precisar de ajuda para eliminar estes monstros, os EUA estão prontos, desejosos e capacitados para se engajar e fazer o trabalho rápida e efetivamente".
"Os cartéis se tornaram tão grandes e poderosos que você precisa, às vezes, de um exército para acabar com um exército", disse o presidente dos EUA.
Por fim, ele disse apenas aguardar a ligação de Obrador — que deve fazê-la em breve, mas apenas por diplomacia.