Ucrânia reforça porto de Mariupol, que não entrará em zona desmilitarizada

Kiev, 28 jul (EFE).- A Ucrânia reforçou a defesa do estratégico porto de Mariupol (no mar de Azov), que não será incluído na zona desmilitarizada negociada entre as autoridades governamentais e os rebeldes pró-Rússia. "Hoje a defesa de Mariupol está garantida pelas melhores unidades e destacamentos das Forças Armadas da Ucrânia. Entre eles há tanto recrutas como militares profissionais", informou o Ministério da Defesa ucraniano neste terça-feira em comunicado. Além de unidades de Infantaria da Marinha, paraquedistas e forças aerotransportadas, a defesa de Mariupol, sede provisória do governo regional de Donetsk leal a Kiev, foi reforçada com artilharia e morteiros. Kiev decidiu reforçar a defesa da cidade temendo que as forças rebeldes tentassem controlá-la antes da assinatura do acordo para a criação de uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros de extensão. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, advertiu ontem que Mariupol não será incluída de jeito nenhm na zona desmilitarizada e que Kiev nunca renunciará ao controle desse porto. Por outro lado, a cidade de Shirokino , a área de maior tensão militar entre os dois lados nos últimos meses, será incluída na zona de segurança, informou hoje o comando militar ucraniano. Caso os insurgentes conquistassem Mariupol, controlariam o corredor terrestre que liga a fronteira russa com a península da Crimeia, anexada por Moscou em março do ano passado, além de toda a costa. Kiev e os rebeldes separatistas retiraram as peças de artilharia pesada, mas o restante continua parado nas imediações da linha de separação de forças estabelecida pelos acordos de paz de Minsk. O chefe adjunto da missão da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Alex Hug, denunciou hoje que nem Kiev nem os separatistas respeitam totalmente o cessar-fogo. EFE bk-io/cd