Várias regiões da Venezuela estão sem luz desde a noite de terça-feira (9) após um blecaute que afetou quase todo o país, inclusive a capital Caracas, em meio ao plano de racionamento de energia com o qual o governo já interrompeu o fornecimento a milhões de cidadãos por pelo menos 18 horas por semana.
Em Caracas, o fornecimento foi interrompido duas vezes durante a madrugada desta quarta-feira e, pela manhã, o serviço já tinha sido restabelecido em praticamente toda a capital.
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Enquanto isso, os estados de Trujillo, Falcón, Carabobo, Zulia e Táchira continuam às escuras desde a noite de ontem, sem que até agora a estatal Corpoelec, nem nenhuma autoridade, tenha se pronunciado a respeito.
Veículos de imprensa e dirigentes opositores afirmam que 20 dos 23 estados do país foram afetados pelo apagão e que a maioria desses territórios continua sem energia desde a noite de ontem.
A Venezuela vem sofrendo desde o dia 7 de março vários cortes de luz, alguns com mais de 24 horas de duração, que paralisaram todas as atividades por pelo menos 12 dias.
O presidente Nicolás Maduro acusou a oposição e o governo dos Estados Unidos de supostos ataques eletromagnéticos contra o sistema elétrico que causaram os blecautes.
Maduro formou um Estado Maior para atender à crise, anunciou a modernização e reestruturação da Corpoelec e iniciou há dez dias um plano de racionamento de energia que exclui Caracas e os estados de Vargas, Amazonas e Delta Amacuro.
A oposição, por sua vez, alega que a corrupção no Ministério de Energia Elétrica e a má gestão de bilhões de dólares destinados ao setor como motivos para a crise atual.