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Vítimas falam sobre crimes de Epstein em audiência em Nova York

Empresário americano, que foi encontrado morto no início do mês, era acusado de tráfico sexual de menores de idade. Investigações continuam

Internacional|Da EFE

Mulheres foram abusadas por empresário americano
Mulheres foram abusadas por empresário americano

O juiz Richard Berman, de Nova York, ouviu nesta terça-feira (27) os depoimentos de cerca de 30 vítimas do milionário Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores de idade, que foi encontrado morto no último dia 10 de agosto na cela onde era mantido em uma prisão federal em Manhattan.

O promotor do caso, Maureen Comen, explicou que as investigações prosseguirão apesar da morte de Epstein. Segundo ele, o incidente não impede o governo de tentar buscar o confisco dos bens do milionário e seguir trabalhando para fazer justiça para as vítimas.

Os depoimentos

"Jeffrey Epstein abusou sexualmente de mim durante anos. (...) Jeffrey Epstein roubou de mim e de todas as outras vítimas o dia de confrontá-lo em um tribunal. É um covarde", afirmou Courtney Wild, uma das mulheres assediadas pelo milionário.


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Várias vítimas preferiram não se identificar na audiência realizada hoje. Nos depoimentos, elas relataram os momentos de terror vividos enquanto eram abusadas pelo milionário e falaram das sequelas provocadas pelos crimes de Epstein, acusado de manter uma rede de exploração de menores de idade entre 2002 e 2005 em Nova York e na Flórida.

Comen aproveitou o julgamento para apontar ao juiz do caso que Epstein teve a colaboração de outras pessoas para montar e manter em funcionamento a rede que criou.


Magnata com ligações importantes

Epstein teve uma vida cercada de luxo graças à empresa que fundou em 1981 para clientes com mais de US$ 1 bilhão em ativos. De origem humilde, ele conseguiu criar um império e multiplicou os contatos com personalidades de vários setores e de vários países do mundo.


O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew, filho da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, eram algumas das importantes figuras que tiveram ligações com Epstein.

Em 2008, Epstein foi acusado de abusar sexualmente de várias adolescentes em uma mansão que possuía em Palm Beach, mas após um acordo com a Promotoria do Sul da Flórida só foi condenado a 13 meses de prisão.

O acordo foi firmado à época pelo promotor Alex Acosta, que em 2017 foi nomeado secretário de Trabalho do governo americano por Trump. Com a prisão de Epstein, o pacto secreto firmado para livrar o milionário de uma condenação a prisão perpétua foi revelado, o que obrigou Acosta a renunciar ao cargo.

A investigação aberta em Nova York indicava que Epstein seria desta vez condenado a passar o resto de seus dias na cadeia. Com o suicídio, porém, o julgamento foi arquivado. Por isso, as vítimas quiseram compartilhar hoje o sofrimento que o milionário as fez passar.

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