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Justiça condena empresa que levava turistas a vulcão, que entrou em erupção e matou 22 queimados

Juiz da Nova Zelândia afirmou que companhia expôs visitantes a risco, ignorou especialistas e aplicou multa de quase R$ 5 milhões

Internacional|Do R7

Vulcão entrou em erupção e matou 22 pessoas
Vulcão entrou em erupção e matou 22 pessoas

A Justiça da Nova Zelândia condenou, nesta terça-feira (31), a empresa WML (Whakaari Management Ltd), que era responsável por levar turistas ao vulcão Whakaari, localizado na ilha Branca, por expôr os visitantes a riscos de ferimentos ou morte e desconsiderar a opinião de especialistas nessa formação natural.

Em 9 de dezembro de 2019, o vulcão entrou em erupção quando 47 turistas estavam na ilha. Ao começar a expelir lava, o vulcão provocou uma corrida pela vida, mas 22 pessoas morreram queimadas ou intoxicadas pela fumaça. Outras 25 conseguiram escapar com as lanchas da empresa, mas também ficaram feridas.

O juiz Evangelos Thomas, da Corte Distrital de Auckland, enxergou "falhas absurdas" da empresa durante o processo de acusação, iniciado em julho. A empresa, cujos proprietários são os irmãos Andrew, James e Peter Buttle, descumpriu orientações essenciais para garantir a segurança dos visitantes. 

Segundo a Justiça da Nova Zelândia, a companhia expôs os turistas a sérios riscos de ferimentos ou morte. O juiz disse, na sentença, que os donos da empresa, nas mãos da família desde 1936, ignorou os conselhos de especialistas em vulcões sobre os riscos envolvidos na atividade.


"Se a empresa tivesse cumprido o seu dever e obtido o aconselhamento especializado necessário sobre riscos, saúde e segurança, teria compreendido totalmente o risco", afirmou o magistrado na decisão. A condenação aplicou multas que totalizam o equivalente a R$ 4,6 milhões.

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O juiz lembrou, ainda, de uma erupção recente, em 2016, para justificar a condenação. “Não deveria ser nenhuma surpresa, especialmente após a erupção de 27 de abril de 2016, que o Whakaari pudesse entrar em erupção a qualquer momento e sem aviso prévio, com risco de morte ou ferimentos graves para turistas ou guias turísticos que pudessem estar lá naquele momento”, disse.

Além da empresa, 13 pessoas foram acusadas pelo desastre no vulcão, sendo que seis se declararam culpadas e seis tiveram suas acusações rejeitadas, incluindo as dos três irmãos Buttle. Em fevereiro de 2024, todos os culpados terão suas penas fixadas.

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