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Zema defende saída do Brasil do Brics e culpa grupo por tarifaço dos EUA

Governador de Minas Gerais critica alinhamento com regimes autoritários e diz que bloco afasta o país dos Estados Unidos

Internacional|Do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, defende a saída do Brasil do Brics.
  • Zema aponta o bloco como responsável pelas sanções comerciais dos EUA, como a tarifa de 50% sobre o aço brasileiro.
  • Ele critica a falta de benefícios concretos para o Brasil e a falta de integração entre os países do grupo.
  • Zema também menciona preocupações sobre a criação de sistemas de pagamento alternativos ao dólar dentro do Brics.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Governador de Minas Gerais é um assíduo crítico ao grupo Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu que o Brasil deixe o Brics e atribuiu ao bloco parte da responsabilidade pelas sanções comerciais impostas recentemente pelos Estados Unidos.

Segundo ele, a aproximação com países como Rússia, China e Irã estaria prejudicando a relação bilateral com o país norte-americano e alimentando reações como a tarifa de 50% aplicada ao Brasil.


“Os Brics são uma ferramenta útil apenas para um grupo de líderes autoritários que gostam de sinalizar sua oposição ao mundo ocidental, particularmente contra os Estados Unidos”, afirmou.

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Zema também criticou a falta de integração prática entre os países do grupo, apontando que não há benefícios concretos para o Brasil em termos de comércio ou investimentos.


“Não há nenhum elo cultural ou geográfico entre seus membros. Tampouco é um bloco comercial. Não há zona de livre-comércio, não há acordos tarifários, nem fluxos privilegiados de investimento.”

‘Alinhamento errático’

Para ele, o vínculo do país com o bloco tem impacto direto nas relações internacionais.


“Boa parte da culpa pelo tarifaço que enfrentamos hoje tem origem justamente nesse alinhamento errático”, disse.

Outro ponto sensível destacado pelo governador é a discussão, dentro do Brics, sobre a criação de sistemas de pagamento alternativos ao dólar — pauta que, segundo ele, é vista como um confronto desnecessário com os EUA.


“Os países integrantes do grupo aprofundaram a discussão sobre a criação de sistemas de pagamento alternativos ao dólar, proposta que vem sendo discutida pela organização desde 2023. O gesto pode ser interpretado como um desafio gratuito aos Estados Unidos.”

O Brics foi fundado em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul entrou em 2011. Em 2023, aderiram Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A Indonésia se juntou ao grupo em 2024.

Pré-canditadura à presidência

As declarações de Zema foram publicadas em artigo na Folha de S.Paulo na manhã desta quinta-feira (31), dias antes do lançamento oficial de sua pré-candidatura à Presidência da República, marcado para 16 de agosto, em São Paulo.

O evento, organizado pelo partido Novo, deve reunir cerca de 2 mil pessoas. Zema está em seu segundo mandato como governador e decidiu entrar na corrida eleitoral após conversas com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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