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JR ENTREVISTA: ‘Não vamos recuar’, diz Boulos sobre embates com o Congresso

Ministro afirma que ações do Legislativo são ‘absurdas’ e defende firmeza do governo diante de ‘pressões e chantagens’

JR Entrevista|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Guilherme Boulos, ministro da Secretaria-Geral, critica ações do Congresso, chamando-as de "absurdas" e "vergonhosas".
  • A derrubada de vetos do presidente Lula à lei do licenciamento ambiental ocorreu após a COP 30 e é vista como atender "interesses escusos".
  • Boulos afirma que o governo não recuará de suas pautas e que não cederá a chantagens ou pressões do Legislativo.
  • O ministro defende a construção de uma frente ampla para a reeleição de Lula em 2026 e lista pautas fundamentais como direitos dos trabalhadores e tarifa zero no transporte público.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O convidado do JR ENTREVISTA desta sexta-feira (28) é o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos. À jornalista Tainá Farfan, ele fala sobre a relação do governo com o Congresso Nacional, a agenda econômica, as políticas sociais prioritárias do Planalto e os desafios políticos rumo a 2026.

Logo no início da conversa, Boulos classificou como “absurda” e “vergonhosa” a derrubada de parte dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à lei do licenciamento ambiental. Ele afirmou que a medida representa “passar a boiada” para atender “interesses escusos”, e chamou atenção para o fato de que a decisão ocorreu menos de uma semana após o Brasil sediar a COP30.


O ministro também criticou outras ações do Congresso — como a aprovação da chamada PEC da Blindagem na Câmara (proposta posteriormente derrubada pelo Senado) e a rejeição à medida provisória alternativa ao aumento do IOF — apontando que todas fazem parte de um clima de “crise e instabilidade” entre os poderes.

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Apesar das tensões, Boulos disse que o governo mantém disposição para dialogar — papel que atribuiu à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann — mas ressaltou que o Planalto não recuará de suas pautas e não cederá a “chantagens” ou “pressões”.


“Acredito que possa se chegar a um bom termo, porque acho que é o que interessa para o povo brasileiro. Mas o governo não vai recuar das suas pautas. Essa ideia de estabelecer uma chantagem, uma pressão para fazer o presidente Lula recuar dos seus compromissos, isso não funcionou até aqui e não vai funcionar. O presidente Lula foi eleito por 60 milhões de brasileiros e representa a maioria do povo brasileiro. Não se pode atuar dessa forma”, afirmou.

Ministro Guilherme Boulos
Boulos reclamou de como o Congresso tem tratado o governo Reprodução/RECORD - 28.11.2025

Na área econômica, o ministro destacou a aprovação unânime da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, compromisso que, segundo ele, estava no programa de governo.


Sobre indicações institucionais, o ministro avaliou que a rejeição de Jorge Messias ao STF (Supremo Tribunal Federal) seria “fora de cogitação”, lembrando que a prerrogativa é do presidente da República e que a última rejeição ocorreu há 131 anos, no governo Floriano Peixoto.

Ao comentar o cenário eleitoral de 2026, o ministro defendeu a construção de uma frente ampla em torno da reeleição de Lula e enumerou três pautas que considera fundamentais para o próximo governo: o fim da escala 6x1 de trabalho, a regulamentação dos direitos de trabalhadores de aplicativos e a taxação dos “BBBs” — bilionários, bancos e bets.


Sobre a possibilidade de tarifa zero no transporte público, disse que o tema precisa de amplo estudo, já que o custeio nacional é complexo.

O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no RecordPlus.

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