Polícia prende suspeitos de chefiar esquema de roubo e venda de dados para aplicar golpes no país

Cinco pessoas foram presas suspeitas de chefiar um esquema criminoso que roubava e vendia dados pessoais usados para aplicar golpes em todo o país. As prisões ocorreram no Distrito Federal e em São Paulo. Entre os detidos está o homem apontado como chefe e financiador do grupo, que morava em um condomínio de luxo na capital paulista. Segundo a polícia, o grupo negociava informações sigilosas de clientes de agências bancárias, incluindo nomes, CPFs, telefones, endereços e até placas de veículos. Um dos presos, especialista em tecnologia da informação, trabalhava em uma empresa que prestava serviços para bancos e tinha acesso a milhões de registros. 

Outros três suspeitos também foram presos nesta terça-feira (4), e a operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão. Computadores, celulares e contas bancárias — inclusive em moedas digitais — foram bloqueados pela Justiça. A investigação, iniciada em maio, começou após uma série de fraudes eletrônicas contra médicos do Rio Grande do Sul e já resultou em 18 prisões. De acordo com o delegado João Vitor Herédia, os bancos de dados eram revendidos no mercado paralelo para a aplicação de diversos tipos de golpes em todo o país, e todos os envolvidos na cadeia criminosa, dos executores aos financiadores, foram identificados e detidos.