Acusado de assassinato em MG forja identidade e se elege suplente de vereador em Alagoas
Homem considerado um "temido pistoleiro" foi preso após quase 20 anos fugindo da Justiça e acusações de diversos crimes
Minas Gerais|Do R7
Uma megaoperação prendeu, nesta quinta-feira (3), um homem acusado de vários crimes em Minas Gerais, que estava foragido da Justiça Mineira há quase 20 anos. De acordo com o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), o investigado usou documentos falsos durante este período e até foi eleito suplente de vereador no estado de Alagoas, em 2020.
O relatório do MP aponta que havia um mandado de prisão em aberto contra J.I.M.M. devido a uma acusação de homicídio qualificado, praticado em 2004, na cidade de Monte Azul, a 668 km de Belo Horizonte. Ele também tem uma condenação pela Justiça Militar e outra por roubo qualificado em Nanuque, a 605 km da capital mineira, pelo crime de roubo qualificado. Para este crime, a pena foi de 14 anos de prisão.
“Além disso, o homem, que à época do crime era considerado “temido pistoleiro” em várias regiões de Minas Gerais, possui extensa ficha criminal, com registros de homicídios tentados e consumados, roubos qualificados, lesões corporais, ameaça e rapto, entre outros delitos”, detalhou o MPMG.
A prisão do investigado aconteceu durante a sexta fase da operação Beholders, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Montes Claros, no norte de Minas Gerais, a 422 km da capital mineira. A ação contou com apoio do Gaeco de Alagoas e da Promotoria de Justiça de Montes Azul.
“Após trabalho de inteligência com técnicas de investigação avançadas, a equipe do Gaeco de Montes Claros deslocou-se até a cidade de Piranhas, em Alagoas, e, em apoio à Polícia Militar daquele estado, foi possível localizar e prender o foragido”, explicou o MPMG.
“Agora, o MPMG solicitará o recambiamento do preso para que responda pelos delitos objeto de ação penal perante a Justiça mineira, bem como oficiará os órgãos de persecução penal alagoanos para apuração da utilização de documentos falsos promovida pelo foragido”, completou o comunicado.