ALMG pode pedir para furadores de fila devolverem dinheiro de vacina
Presidente da Assembleia afirma que investigação sobre o caso não vai afetar tramitação de projetos importantes para o governo
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
Caso seja provado o suposto esquema de "fura-filas" da vacina na Secretaria de Saúde de Minas, a Assebleia Legislativa pode pedir a demissão dos responsáveis e que os imunizados indevidamente devolvam ao Estado o valor gasto com a aplicação do medicamento.
A explicação foi dada pelo presidente da casa, deputado Agostinho Patrus (PV), ao comentar sobre a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada para investigar o caso denunciado pelo R7 e pela Record TV Minas.
— Não estamos fazendo nenhum juízo de valor se aquelas pessoas que estão na lista foram vacinadas de forma correta ou não, mas vamos investigar. Para ser investigado, é importante criar uma CPI que vai ter a agilidade e o tempo dedicado para a questão.

Os membros da CPI devem ser indicados nesta semana, dando início ao trabalho que terá 120 dias para ser concluído. Segundo Agostinho, o grupo vai se debruçar sobre a lista entregue pelo Governo Estadual indicando 828 vacinados dentro da Secretaria de Saúde. O objetivo será verificar se todos que aparecem no documento tinha, de fato, o direito ao imunizante.
Em entrevista à equipe da Record TV Minas, nesta segunda-feira (15), Patrus avaliou que a exoneração do então secretário Carlos Eduardo Amaral pode contribuir com a ideia de supostas irregularidades na pasta.
O presidente da ALMG, no entanto, garantiu que a CPI não vai afetar a tramitação de importantes projetos do Governo Estadual na Assembleia. Em fevereiro deste ano, como exemplo, a equipe de Zema enviou aos deputados três propostas ligadas ao uso dos R$ 37 bilhões que a Vale vai pagar ao Estado em função do rompimento de Brumadinho, na Grande BH.
— Nós tivemos no ano passado a CPI que tratou de Brumadinho e votamos na Casa inúmeros projetos, como o das Reformas Administrativa, Previdenciária e outros temas ligados à pandemia. A Assembleia tem a responsabilidade e vai trabalhar sempre de forma amena e tranquila, para esclarecer todas as questões.
