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Aparelho acusou anormalidade em barragem dias antes de rompimento

Oito funcionários da Vale foram presos, nesta quinta-feira (15), durante operação que apura a responsabilidade sobre a tragédia

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Barragem se rompeu no dia 25 de janeiro
Barragem se rompeu no dia 25 de janeiro Barragem se rompeu no dia 25 de janeiro

Documentos da investigação sobre o rompimento da barragem de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, indicam que aparelhos resposáveis pela medição do nível de água da estrutura apresentaram "anomalias" dois dias antes da tragédia.

Nesta sexta-feira (15), uma operação do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) prendeu oito funcionários da Vale que eram ligados a departamentos que cuidadavam da estabilidade da barragem. De acordo com o juiz Rodrigo Heleno Chaves, ao menos quatro dos detidos sabiam das alterações.

Funcionários da Vale tinham meios para evitar mortes, diz juiz

Segundo o MPMG, Hélio Cerqueira, do setor de gestão de riscos geotécnicos, falou sobre o problema com representantes da Tüv Süd, empresa alemã responsável pelo laudo que atestou a estabilidade da barragem. A conversa aconteceu nos dias 23 e 24 de janeiro. No dia 25, barragem estourou.

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Os relatórios apontam que os técnicos conversaram sobre uma “situação de anormalidade das medições realizados pelos piezômetros”. Os equipamentos são responsáveis por medir o nível de água e a pressão que ela exerce na estrutura.

A reportagem tenta contato com os advogados dos presos. A Vale também foi procurada pelo R7, para falar sobre a anormalidade no sistema, mas ainda não se manifestou. Sobre a operação do MP, a companhia informou que está cooperando com as ações.

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Operação

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Oito funcionários da mineradora Vale foram presos, na manhã desta sexta-feira (15), durante investigação sobre o rompimento da barragem de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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Veja quem são os funcionários da Vale presos

Sete prisões aconteceram na capital mineira e uma em Itabira, a 111 quilômetros de BH. A operação também conta com ações no Rio de Janeiro e São Paulo. Quatorze mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos três Estados.

Veja a íntegra da nota da Vale:

"A Vale informa que o Ministério Público do Estado de Minas Gerais deflagrou operação com o objetivo de cumprir novos mandados de busca e apreensão e de prisão temporária relacionados ao rompimento da barragem da mina do Córrego de Feijão.

A Vale está colaborando plenamente com as autoridades e permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas."

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