Após 11 dias, corpo de mulher de promotor morta em BH é liberado
Lorenza Maria Silva de Pinho vai ser enterrada, nesta quarta-feira (14), em Barbacena (MG), em uma sepultura da família materna
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O IML (Instituto Médico Legal) liberou, nesta terça-feira (13), o corpo de Lorenza Maria Silva de Pinho, mulher do promotor André Luís Garcia de Pinho, morta no último dia 2 de abril no apartamento da família.
O corpo de Lorenza estava no IML há 11 dias, aguardando autorização dos órgãos investigadores, que apuram possível envolvimento do promotor na morte. Pinho alega que a companheira se engasgou enquanto dormia sob efeitos de remédios. A família dela questionou a versão.
O corpo de Lorenza chegou a ser enviado para uma funerária contratada pelo promotor, mas foi encaminhado para o IML por determinação judicial, após o caso começar a ser investigado.
O piloto Marco Aurélio Silva, pai de Lorenza, confirmou à reportagem que a filha será sepultada nesta quarta-feira (14), em um jazigo da família materna no cemitério da Boa Morte em Barbacena, a 170 km de Belo Horizonte, às 11 horas. Segundo ele, não haverá velório em função da preservação do corpo.
Ainda não há confirmação de que o promotor, que está preso, irá acompanhar a cerimônia, conforme explica o advogado Robson Lucasm que defende Pinho.
— Vou fazer um requerimento de autorização para ver se o André [Pinho] vai poder acompanhar.
O médico Bruno Sander, amigo da família e atual tutor dos cinco filhos do casal, informou que "provavelmente" os filhos de Lorenza e Pinho irão ao sepultamento.
Divergência
Uma fonte, com acesso às investigações, confirmou à reportagem que o laudo feito pela Polícia Civil atestou um resultado "diferente" daquele que consta no atestado de óbito assinado pelos médicos Itamar Gonçalves Cardoso e Alexandre de Figueiredo Maciel.
A certidão de óbito, emitida por ambos, reforça o argumento do promotor André Luis Garcia de Pinho, que afirmou, em depoimento, que sua esposa morreu após se engasgar enquanto dormia.
Com a divergência, cabe ao TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) decidir qual deles é o que vale. A Justiça também pode determinar um terceiro exame para tirar a dúvida.