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Justiça vai decidir sobre causa da morte de esposa de promotor

Laudo da Polícia Civil diverge do atestado de óbito assinado pelos médicos, que alegaram que Lorenza morreu devido a um engasgo

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Corpo de Lorenza está há 10 dias no IML
Corpo de Lorenza está há 10 dias no IML

O resultado da perícia feita pela Polícia Civil no corpo de Lorenza Maria Silva de Pinho diverge do atestado de óbito, apresentado por dois médicos, que apontou que a esposa do promotor André Luís Garcia de Pinho, morreu devido a uma autointoxicação.

Uma fonte, com acesso às investigações, confirmou à reportagem que o laudo feito pela Polícia Civil atestou um resultado "diferente" daquele que consta no atestado de óbito assinado pelos médicos Itamar Gonçalves Cardoso e Alexandre de Figueiredo Maciel. A certidão de óbito, emitida por ambos, reforça o argumento do promotor André Luis Garcia de Pinho, que afirmou, em depoimento, que sua esposa morreu após se engasgar com remédios.

O processo segue sobre sigilo e o teor do exame de necropsia feito pela PC ainda não foi divulgado. 

Agora, como há dois laudos com resultados diferentes, cabe ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidir qual deles é o que vale. A Justiça também pode determinar um terceiro exame para tirar a dúvida. O corpo de Lorenza está há 10 dias no IML (Instituto Médico Legal) aguardando a decisão. A reportagem entrou em contato com o TJ para saber que dia o Tribunal decidirá sobre o assunto e aguarda posição do Judiciário.


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Morte de Lorenza

Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, morreu no dia 2 de abril em seu apartamento, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. A certidão de óbito consta como causa da morte uma "pneumonite causada devido a alimento ou vômito e autointoxicação por exposição intencional a outras drogas".


O promotor permanece preso desde o dia 4 de abril, suspeito de assassinato, e o caso está sendo investigado pelo próprio Ministério Público de Minas Gerais, que já ouviu a defesa dele e familiares de Lorenza, que não acreditam na versão divulgada pelo promotor e pelos médicos.

Os cinco filhos do caso, com idade entre dois e 17 anos, estão sob a guarda de um amigo do casal. Em entrevista à RecordTV Minas, os dois filhos mais velhos dizem acreditar na inocência do pai.

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