Preso no dia 2 de abril deste ano, em operação da Polícia Civil que investiga a prática de "rachadinha", quando o parlamentar embolsa parte do salário de seus funcionários de gabinete, o vereador Cláudio Duarte (PSL) voltou à Câmara de Belo Horizonte nesta segunda-feira (3). Ele havia sido afastado do cargo por 60 dias, prazo que venceu neste domingo (2), e marcou presença na sessão plenária na tarde desta segunda. Duarte também chegou a ser preso por 10 dias, enquanto as investigações eram conduzidas. Cláudio Duarte foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de peculato, integrar organização criminosa e obstrução de justiça. Conforme as investigações, funcionários do gabinete de Duarte eram forçados a repassar parte do salário para o parlamentar. Em um dos casos apurados, um assessor recebia R$ 11 mil no contracheque, mas ficava com apenas R$ 1 mil. O esquema pode ter rendido R$ 1 milhão, de acordo com a Polícia Civil. O parlamentar também é investigado por uma Comissão Processante instalada dentro da Câmara de Belo Horizonte, que pode resultar na cassação de seu mandato. Depoimentos Cinco testemunhas de defesa do vereador Cláudio Duarte foram convocados para prestar depoimento nesta segunda-feira: Luiz Fernando Verneque da Costa Leite, Roberto Carlos Silva de Freitas, Douglas Mike Kennedy Nascimento, Jandir Vieira Siqueira e Wellington Batista Silva. Na semana passada, três vereadores, Gabriel Azevedo (PHS), Irlan Melo (PR) e Bim da Ambulância (PSDB) foram chamados para depor. Os três negaram que soubessem da prática de "rachadinha" no gabinete do vereador do PSL, mas se disseram envergonhados sobre o caso.
