Os professores da rede Municipal de Belo Horizonte recusaram, na tarde desta sexta-feira (1º), a proposta da prefeitura de aumentar em um nível o plano de carreira da categoria para os profissionais da ativa, e decidiram manter a greve. A paralisação na rede de ensino fundamental da capital já dura 16 dias. De acordo com a diretora do Sind-REDE/BH (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH), Vanessa Portugal, a proposta do município funciona como "um sucateamento da profissão, principalmente para os professores com anos de carreira". Eles exigem um aumento de, pelo menos, R$2.200 como piso inicial. O piso atual é de R$1.700. Nesta manhã, os professores se reuniram com o atual prefeito Fuad Noman. Ao sair da reunião, segundo o sindicato, o prefeito demonstrou "estar aberto para negociar". Para o sindicato, foi dito que até terça-feira (5) o município apresentará uma nova proposta. Uma nova assembleia dos servidores será realizada na quarta-feira (6), às 8h30 na Praça da Estação. A Prefeitura de Belo Horizonte informou em nota que, na proposta alternativa apresentada à categoria constam alterações como o cumprimento do piso, conforme proposta original de remanejamento dos servidores dos níveis 3 a 7 para o nível 8; a alternativa de concessão de 23,23% para todos professores ativos com nível superior: com o reajuste de 11,77% + 10,25% com concessão de duas progressões na tabela em alternativa às relativas ao saldo remanescente do FUNDEB e outros pontos apresentados na proposta original, como vale-cultura, abono e bolsa de estudo. "A Prefeitura reitera que sempre cumpriu com o pagamento do piso nacional dos professores e os reajustes advindos das negociações englobam valores superiores ao piso proporcionalizado. A lei federal estabelece o piso para 40 horas trabalhadas e, como a jornada em Belo Horizonte é de 22h30, o pagamento é proporcional a esse quantitativo de horas", afirmou a admnistração municipal.