Autoridades estaduais investigam explosão na Usiminas em Ipatinga
Polícia Civil abriu inquérito para acompanhar o caso; Ministério Público e Secretaria de Meio Ambiente também fazem vistorias
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
Autoridades mineiras acompanham de perto os detalhes da explosão que aconteceu na última sexta-feira (10), no gasômetro da Usiminas, em Ipatinga, na região do Vale do Aço. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as causas do acidente, que também são acompanhadas pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) e órgãos ambientais do Estado.
Nesse sábado (11), representantes da Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) fizeram uma vistoria no local e solicitaram à empresa um laudo que ateste a condição de funcionamento das estruturas que não foram destruídas no estouro. Segundo a pasta, a siderúrgica está em dia com as licenças ambientais necessárias para funcionamento.
Peritos da Polícia Civil em Ipatinga também estiveram na fábrica, mas a corporação não deu detalhes sobre o inquérito por ainda estar na fase inicial.
Susto
A explosão no gasômetro da Usiminas aconteceu no final da manhã da última sexta-feira (10) e deixou 34 feridos. Todas as vítimas são funcionários da empresa que tiveram ferimentos leves ou problemas respiratórios. Eles foram encaminhados para um hospital particular, mas já receberam alta.
O acidente assustou não só os trabalhadores da siderúrgica que precisou ser evacuada. Moradores de diferentes bairros sentiram um tremor na hora da explosão. Segundo o Observatório Sismológico da UNB (Universidade de Brasília), foi registrado na cidade um abalo de 1,8 grau na escala Richter.
Prédios que ficam nas redondezas da firma tiveram as vidraças quebradas com o impacto. A estrutura do gasômetro ficou destruída, no entanto, a Usiminas informou que o encanamento dos gases foi fechado para não haver risco de vazamento.
Na manhã desse sábado, a Usiminas informou que alguns setores já voltaram a funcionar parcialmente. Segundo a empresa, não há risco de novas explosões, por isso, a população não precisa deixar suas casas.