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Barreiras instaladas pela Vale em rio não retêm todo rejeito, diz ONG

Mineradora colocou membranas no leito do rio Paraopeba, em Pará de Minas, para conter os resíduos da lama da barragem de Brumadinho

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

ONG faz expedição pelo rio Paraopeba
ONG faz expedição pelo rio Paraopeba

Um relatório emitido pela Fundação SOS Mata Atlântica, nesta terça-feira (5), aponta que as membranas de contenção de rejeitos instaladas pela Vale, no rio Paraopeba, em Pará de Minas, a 86 quilômetros de Belo Horizonte, não conseguem reter 100% dos resíduos da barragem da mina Córrego do Feijão, rompida no dia 25 de janeiro.

A ONG avaliou a qualidade da água em dois pontos diferentes: um antes do local onde foram instaladas as barreiras e outro 500 metros após as estruturas. Segundo os pesquisadores, a turbidez da água melhorou 53%. Ainda assim, de acordo com o grupo, as condições não permitem a existência de vida aquática e a água não deve ser consumida pela população.

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Membros da fundação percorrem o leito do rio para avaliar a situação dos recursos ambientais da região. Ao todo, 11 pontos já foram analisados pela organização e, segundo os ativistas, “a maioria deles possui água com condição péssima”.


Nesta terça-feira, a Prefeitura de Pará de Minas decretou situação de emergência na cidade devido à situação do rio. Segundo o Executivo municipal, a captação de água no curso d’água foi suspensa. Outros córregos da região ajudam no abastecimento.

De acordo com a Vale, a terceira membrana instalada na área para realizar a filtragem começa a operar nesta terça-feira. A reportagem questionou a empresa sobre a efetividade do sistema, mas ainda não teve retorno.

Veja o antes e o depois da área atingida pela lama em Brumadinho:

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