BH vai fiscalizar comércios próximos a cidades que reabriram lojas de rua
Prefeitura tem monitorado aumento da movimentação nesses locais e vai intensificar operações; autoridades criticaram bares lotados em Nova Lima
Minas Gerais|Luiza Lanza* e Lucas Pavanelli, do R7
A Prefeitura de Belo Horizonte vai intensificar a fiscalização em estabelecimentos que ficam próximos aos limite com outros municípios que decidiram reabrir o comércio.
As imagens de bares lotados no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na região metropolitana, chamaram a atenção de autoridades da capital mineira, e geraram críticas de autoridades como o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e o secretário de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino.
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O objetivo é ampliar operações da Guarda Municipal, como as que vêm acontecendo desde a última sexta-feira (8), quando 429 estabelecimentos comerciais foram notificados e 61 foram fechados por descumprirem o decreto da prefeitura que determina o fechamento de comércios não essenciais.
De acordo com Zeferino, a Guarda Municipal está voltando a atenção para as dividas da cidade com outros municípios, que já flexibilizaram o isolamento social, como é o caso de Nova Lima, Justinópolis, Betim, dentre outras.
— Aquilo [bares lotados em Nova Lima] foi um vexame. Mas é obrigação da Guarda Municipal de Nova Lima. Uma GM não vai ultrapassar a atuação da outra
O prefeito Alexandre Kalil também foi às redes sociais para criticar o episódio. Segundo ele, a aglomeração iria acabar, de acordo com o prefeito de Nova Lima, Vitor Penido.
Monitoramento
De acordo com o secretário de Segurança e Prevenção, Genílson Zeferino, as ações nas divisas de Belo Horizonte com outros municípios serão feitas "de forma articulada e as decisões vão ser tomadas juntas".
A Prefeitura de Belo Horizonte tem monitorado celulares de cidadãos por meio do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus para identificar locais de aglomeração. De acordo com Zeferino, além desses, dados do transporte urbano também são avaliados pelos especialistas.
— Os resultados mostram que os locais com comércios não essenciais abertos coincidem com os de maior movimentação.