Bombeiros de Brumadinho fazem revezamento por causa de cansaço

Buscas por vítimas devido ao rompimento da barragem da mineradora Vale entrou no oitavo dia

Minas Gerais|Juliana Moraes, do R7, com informações da Record TV

01/02/2019 - 09h32 (Atualizado em 20/04/2024 - 11h49)

O oitavo dia de buscas por vítimas no mar de lama em Brumadinho (MG), em decorrência do rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale, vai contar com o revezamento dos bombeiros que estão atuando no local desde a última sexta-feira (25).

De acordo com a Record TV, parte dos 400 bombeiros deve ser substituída nesta sexta-feira (1º) devido ao esgotamento de trabalhar na lama. Os militares que estavam em Brumadinho na última semana agora vão descansar, enquanto um novo grupo chega à região.

A ajuda chega de vários Estados do Brasil como, por exemplo, um ônibus que chegou ao Centro Operacional, nesta quinta-feira (31), com voluntários. Eles são bombeiros civis de São Paulo e integrantes da brigada voluntária brasileira, do Rio de Janeiro.

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Os bombeiros que vão atuar a partir desta sexta serão divididos em dois grupos: os que vão ficar na área quente, em que ainda tem lama mole e risco para quem procura por vítimas e aqueles que vão para a zona fria, áreas de mata em que a lama já secou e, com isso, os voluntários são responsáveis por vistoriar e apontar a possibilidade de encontrar vítimas.

O trabalho de buscas nesta sexta passa a contar com escavação e um maquinário mais pesado e, por isso, é mais lento.

De acordo com o último balanço da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, divulgado na noite desta quinta-feira (31), o rompimento da barragem da Vale resultou em: 110 mortes, 238 pessoas desaparecidas. Dos 110 óbitos, 71 corpos foram identificados (60 foram entregues às famílias e 11 ainda aguardam liberação). Os bombeiros localizaram 394 pessoas.

Os bombeiros que atuam em Brumadinho (MG) após o rompimento da barragem na última sexta-feira (31), além da rotina exaustiva da busca por vítimas, precisam enfrentar um rito de limpeza e remoção da lama de rejeitos — eles ficam, em média, 10h por dia na lama

Segundo especialistas, a infecção por leptospirose é a principal enfermidade que pode ocorrer entre as pessoas afetadas pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG). De acordo com o infectologista Carlos Fortaleza, membro da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia), é comum que epidemias ocorram após grandes catástrofes

Por isso, a limpeza é um cuidado importante para os bombeiros que passam horas dentro da lama. Por afetar a área de higiene e saneamento, trazendo um aumento de lixo e água suja, há uma maior proliferação de ratos, podendo gerar uma elevação de casos de leptospirose, que é transmitida pela urina do animal em contato direto com a pele

O porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, afirmou em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (30) que a lama de rejeitos, que invadiu Brumadinho após orompimento da barragem da Vale, não é tóxica

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais concentra as buscas, nesta quinta-feira (31), em 18 pontos da área atingida pela lama em Brumadinho (MG). Os bombeiros iniciaram o sétimo dia de buscas por volta das 4h

A Defesa Civil atualizou, nesta quinta-feira (31), para 257 o
número de desaparecidos após o rompimento da barragem da Vale. O
último levantamento apontava 259. Ao todo, 395 pessoas já foram localizadas
após o desastre

O número de mortos subiu de 84 para 99. Do total de corpos
localizados, 57 já foram identificados pelas famílias

Os bombeiros que atuam em Brumadinho (MG) após o rompimento da barragem na última sexta-feira (31), além da rotina exaustiva da busca por vítimas, precisam enfrentar um rito de limpeza e remoção da lama de rejeitos — eles ficam, em média, 10h por dia n...