O futuro do mandato do presidente da Câmara de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), segue indefinido.
O processo de cassação que corria contra ele desde setembro foi arquivado nesta segunda-feira (4) devido ao fim do prazo de votação. Durante a tarde, outra reunião instaurou um novo procedimento para avaliar o mesmo tema em até 90 dias.
O novo processo foi criado com 26 votos favoráveis, 14 contrários e uma abstenção. A comissão será formada pelos vereadores Cida Falabela (PSOL), Álvaro Damião (União Brasil) e Wanderley Porto (Patriota).
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A denúncia arquivada chegou a entrar na pauta de votação na última semana, mas não houve quórum para os trabalhos. Para que Azevedo fosse cassado, eram necessários 28 votos em uma das 5 denúncias feitas.
O tema já parou na Justiça várias vezes. O vice-presidente Juliano Lopes (Agir) pediu que Azevedo fosse afastado do cargo e que não participasse da votação da própria cassação. Os 10 pedidos foram negados, mas no domingo (3), o Tribunal de Justiça aceitou os argumentos do parlamentar.
Assim que os trabalhos foram retomados nesta segunda-feira, Lopes informou que o suplente de Azevedo havia sido convocado para tomar posse, mas ele não apareceu.
A reunião seguiu com pedido de leitura do relatório da denúncia e do depoimento pessoal dado por Gabriel Azevedo durante as investigações. Ele é acusado de quebra de decoro parlamentar por agressões verbais a vereadores, abuso de poder e atuação irregular na CPI da Lagoa da Pampulha, além de pressionar o procurador da casa, Marcos Crispim.
As denúncias foram apresentadas pela ex-presidente da Câmara, e atual deputada federal, Nely Aquino (Podemos). Desde o incidente, Azevedo nega as acusações e chegou a se desculpar com os colegas.