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Câmara de BH deve analisar impeachment de Kalil em dezembro

Vereadores se reúnem no início do mês que vem para discutirem assunto; Legislativo pediu indiciamento de Kalil em duas CPIs

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Kalil pode ter que responder em processo de impeachment na Câmara Municipal
Kalil pode ter que responder em processo de impeachment na Câmara Municipal Kalil pode ter que responder em processo de impeachment na Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Belo Horizonte pode analisar, em dezembro, os pedidos de impeachment contra o prefeito Alexandre Kalil (PSD), que estão na mesa da presidente do Legislativo municipal, Nely Aquino (Podemos).

A vereadora anunciou, nas últimas semanas, que esperaria o resultado das duas CPIs em andamento na Casa para decidir se iria pautar o assunto. As Comissões Parlamentares de Inquérito foram concluídas nesta semana e recomendaram o indiciamento do prefeito por conta dos repasses de R$ 220 milhões a empresas de ônibus como forma de antecipação na compra de passagens de ônibus. 

A declaração foi dada depois que um áudio gravado pelo ex-chefe de gabinete de Kalil, Alberto Lage, foi divulgado por ele. Na gravação, o prefeito aparece sugerindo que donos das empresas de ônibus que operam na cidade estariam pagando os advogados do ex-presidente da BHTrans Célio Bouzada, investigado em uma das CPIs da Câmara.

De acordo com a Câmara Municipal, a decisão vai ser tomada depois que a presidente se reunir com a Controladoria, a Procuradoria e com o colegiado de Líderes. "Somente a partir destas reuniões é que serão tomadas as decisões que se fizerem necessárias acerca deste assunto", diz a Casa, em nota.

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A reunião do Colégio de Líderes, que reúne os líderes de partidos com representação na Câmara dos Vereadores, está marcada para 1º de dezembro. 

CPI da Covid

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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, da Câmara de Belo Horizonte, rejeitou, nesta quinta-feira (11), o parecer do relator que pedia o indiciamento dos médicos infectologistas Carlos Starling e Estevão Urbano, membros do comitê da capital mineira de enfrentamento à pandemia.

No lugar do documento assinado pelo vereador Irlan Melo (PSD), o grupo aprovou uma nova versão sugerida pela vereadora Flávia Borja (Avante), que pede o indiciamento do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD).

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O texto assinado pela vereador Flávia Borja foi aprovado com quatro votos favoráveis, contra três negativos. O documento foi enviado ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), que vai decidir se irá denunciar os citados pela CPI à Justiça.

Além do prefeito, também tiveram pedidos de indiciamento, o ex-presidente da BHTrans, Célio Bouzada, o ex-diretor da BHTrans, Daniel Marx do Couto e os secretários municipais Jackson Machado (Saúde), André Reis (Planejamento, Orçamento e Gestão) e João Antônio Fleury (Fazenda).

CPI da BHTrans

Já a CPI da BHTrans, que se encerrou na segunda-feira (8), pediu o indiciamento do prefeito Alexandre Kalil (PSD) e outras 30 pessoas e duas empresas.

O alvo da CPI foi o processo de licitação, de 2008, que resultou na vitória das atuais empresas de ônibus que operam o transporte público na capital mineira. O contrato termina em 2028, mas há possibilidade de que seja alterado ou até mesmo encerrado, devido a irregularidades.

De acordo com a comissão, empresários de ônibus formaram um cartel para que todas as empresas pudessem ser contempladas de alguma forma. Eles contariam, ainda, com o auxílio de funcionários da BHTrans para que seus interesses pudessem ser atingidos na prefeitura.

Ao longo dos últimos cinco meses, a CPI também levantou supostas irregularidades em um contrato de auditoria, que sugeriu aumento no preço das passagens na capital mineira.

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