Casal morto em queda de avião em Jequitaí é velado em Contagem
Corpos serão cremados após cerimônia fechada para familiares e amigos próximos; piloto e copiloto também morreram no acidente
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Regiane Moreira, da RecordTV Minas
Estão sendo velados, em Contagem, na Grande BH, desde o final da manhã desta terça-feira (27) os corpos do casal morto na queda de um jato leve na cidade de Jequitaí, no norte de Minas Gerais, nesta segunda-feira (26). Piloto e copiloto também morreram na tragédia.
Os corpos do empresário Adolfo Geo, que tinha 83 anos, e da mulher dele, Margarida Giannetti Geo, de 77, chegaram ao cemitério pouco antes das 10 horas. Apenas familiares e amigos mais próximos foram autorizados a acompanhar a cerimônia.
Do lado de fora da capela foram deixadas dezenas de coroas de flores enviadas por conhecidos e empresas parceiras dos negócios da família Geo.
Segundo amigos próximos, a previsão é de que o casal seja cremado na tarde desta terça-feira. A cerimônia de cremação estava agendada para a noite passada, mas foi adiada por causa da demora na liberação dos corpos no IML (Instituto Médico Legal).
Acidente
O jato decolou do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte na manhã desta segunda-feira, rumo à fazenda de criação de gado da família em Jequitaí. Cerca de uma hora depois, por volta das 7h15, a aeronave caiu perto da pista de pouso da propriedade.
Equipes de resgate foram acionadas com o alerta de possibilidade de encontrar sobreviventes entre os destroços. Mas o avião explodiu, matando todos os ocupantes – além do casal, o piloto Marco Aurélio Cori, de 51 anos, e o co-piloto Oliver Schmitzer Oliveira, de 39.
A aeronave acidentada é uma Citation M2 da Cessna Aircraft Company, fabricada em 2014. Esses modelos chegam a uma velocidade máxima de 768 km/h.
Segundo relatos de funcionários, Adolfo Geo ia para a fazenda a cada quinze dias usando o avião. Na maioria dos casos, as viagens eram comandadas pelo mesmo piloto.
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O casal teve três filhos e, de acordo com familiares, um deles viajaria com os pais, mas desistiu de última hora.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que o avião que tem capacidade para seis pessoas estava com a documentação em dia e o tempo estava bom na hora da queda. As condições reforçam a possibilidade da causa ter sido falha humana.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) ficou responsável por apurar a causa da queda. O órgão enviou uma equipe para Jequitaí para colher provas no local do acidente e ouvir testemunhas. Ainda não há prazo para conclusão do trabalho.
Carreira
Adolfo Geo era um conhecido empresário do Estado. Ele era sócio do Grupo ARG que tem atuação nas áreas de construção pesada, construção civil, agronegócio e óleo e gás.
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A família também é proprietária de uma frota de aeronaves com helicópteros, jatos e aviões menores.
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