Categorias em greve realizam protesto no Centro de BH
Professores da rede municipal, estadual e metroviários se reuniram, nesta segunda-feira (28), para cobrar o reajuste salarial
Minas Gerais|Julia Ennes*, da Record TV Minas
Servidores da Educação municipal, estadual e metroviários de Belo Horizonte se reuniram, na manhã desta segunda-feira (28), para uma manifestação na Praça Sete, no Centro da capital mineira. Entre as reivindicações do grupo, estão o reajuste salarial e melhorias dos serviços prestados à população.
Nesta segunda-feira (21), a greve dos metroviários completou uma semana. A categoria pede a garantia da permanência dos funcionários em seus cargos, diante do processo de privatização do metrô.
Segundo o Sindimetro-BH (Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte), desde que o governo estadual decidiu entregar o serviço para a iniciativa privada, a categoria tenta obter informações sobre como ficará a situação dos trabalhadores que são concursados. Os funcionários dizem ver seus direitos e salários sendo reduzidos, mesmo com a população pagando uma passagem cara.
Educação
Profissionais da educação municipal, que estão em greve desde o dia 16 de março, reivindicam que o reajuste do piso salarial incida sobre todos os níveis da carreira. Isso porque a Prefeitura de Belo Horizonte apresentou o índice de reajuste de 11% para todo o funcionalismo, pagos em duas parcelas de 5% em agosto/22 e 6,77% em janeiro/23. A categoria considera que, com o reajuste de 33% no Piso Nacional da Educação em 2022, a recomposição inflacionária proposta será insuficiente para garantir o cumprimento da Lei do Piso.
A solução proposta pelo então prefeito Alexandre Kalil (PSD) e a secretária de Educação Ângela Dalben foi a eliminação destes primeiros sete níveis e o reenquadramento dos trabalhadores no nível 8, achatando a carreira da Educação.
No último protesto realizado pela categoria, que ocorreu na última sexta-feira (25), em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, no Centro da cidade, um professor ficou gravemente ferido durante uma confusão com a Guarda Municipal. Eles aproveitaram a coletiva de imprensa em que Kalil comunicou sua renúncia da chefia do município para cobrar o reajuste do piso nacional.
A reportagem tentou contato com o Sind-UTE-MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), mas não obteve retorno. Acategoria está em greve desde o dia 09 de março.
*Estagiária sob supervisão de Ana Gomes