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Chacina de Unaí (MG): MPF pede antecipação de julgamento de ação que cobra R$ 29 milhões dos réus

União quer o valor para ressarcir os gastos do poder público com indenizações para as famílias das quatro vítimas

Minas Gerais|Do R7

Fiscais do Ministério do Trabalho foram assassinados em Unaí (MG)
Fiscais do Ministério do Trabalho foram assassinados em Unaí (MG)

O MPF (Ministério Público Federal) pediu à Justiça Federal) a antecipação do julgamento da ação que cobra R$ 29 milhões dos homens condenados como responsáveis pelo caso conhecido como Chacina de Unaí (MG).

A petição foi protocolada na última sexta-feira (31). O procurador da República Hebert Reis Mesquita alega que a antecipação do julgamento sobre a cobrança é válida, embora o caso não tenha transitado em julgado.

Mesquita ressaltou que o ex-prefeito da cidade de Unaí, Antério Mânica, já foi condenado como mandante do caso em duas oportunidades. "Esta realidade só corrobora, reafirma e prova que é verdade toda a narrativa da União, como também são justos e devidos seus pedidos", ressaltou. A reportagem tenta contato com a defesa dos réus, que recorrem em liberdade.

No processo, a União tenta ressarcimento dos valores que o poder público gastou com o pagamento de indenizações e pensões às famílias dos quatro servidores do Ministério do Trabalho, que foram assassinados. As mortes aconteceram no dia 28 de janeiro de 2004.


O valor é referente à indenização de R$ 200 mil por vítima e à pensão destinadas aos dependentes, já que os trabalhadores morreram no exercício de suas funções.

O crime aconteceu na zona rural da cidade. As vítimas foram os fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista deles, Ailton Pereira de Oliveira.


O grupo fazia uma fiscalização na região, onde havia denúncias de exploração de trabalhadores. Segundo a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), o alvo seria somente um dos fiscais, mas todos os presentes no local foram mortos.

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