Um conselheiro tutelar foi preso em flagrante, nesta terça-feira (5), suspeito de estupro contra uma menina de 12 anos, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com a investigação, o homem de 50 anos mandava mensagens com cunho sexual, descrevendo o que pretendia fazer com a adolescente, além de dizer que pretendia ficar sozinho com ela.
A delegada Jéssica Miranda acredita que o homem não chegou a colocar em prática os atos porque a mãe da jovem percebeu antes e procurou o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) para denunciar o caso.
Same Moreira de Paula trabalhava como conselheiro tutelar no Centro de Nova Lima, mas foi preso em outra unidade, quando participava de uma reunião. O conselheiro acompanhava o irmão da vítima e, por isso, frequentou algumas vezes a casa da família.
Em uma das visitas ele teria dado presentes à menina. Segundo a família, a maior aproximação aconteceu depois que o conselheiro foi até a escola e se encontrou com a jovem. A mãe da vítima tomou conhecimento do conteúdo das mensagens e procurou o Cras pedindo a substituição do conselheiro. Foi a coordenadora da unidade quem denunciou o caso à polícia. Na delegacia, o homem evitou falar sobre as mensagens enviadas.
"Ele fala que já tinha um contato com ela e que estava investigando porque suspeitava que a mãe estaria abusando porque ela simplesmente tira fotos para uma loja de roupas. Ele diz, inclusive, que a menina estava o seduzindo. Mas quando questionado sobre as mensagens que ele enviou, o conselheiro se recusa a dar mais informações. Não tem nenhum indício de que ele estivesse fazendo uma investigação", explica a delegada.
A polícia acredita que o conselheiro tutelar tenha feito outras vítimas. Depois que este caso veio à tona, a delegada tomou conhecimento de algumas denúncias anônimas que chegaram, tempos atrás, por meio de telefonemas. Na época, as investigações não avançaram.
A adolescente vai passar por uma avaliação psicológica. Same Moreira de Paula está detido na penitenciária inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH. A reportagem tenta contato com a defesa do investigado.