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CPI da barragem de Brumadinho ouve diretor operacional da Vale

Deputados estaduais querem aprofundar as investigações sobre o rompimento da barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro 

Minas Gerais|Matheus Renato Oliveira, do R7*, com Kiuane Rodrigues, da Record TV

CPI ouviu diretor da Vale nesta quinta (4)
CPI ouviu diretor da Vale nesta quinta (4)

A CPI de Brumadinho ouviu dois funcionários da Vale, nesta quinta-feira (4). Os deputados estaduais querem aprofundar as investigações sobre o rompimento da barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro deste ano. A tragédia matou 247 pessoas. 

Silmar Silva, diretor operacional da mineradora Vale, foi o primeiro a ser ouvido pela CPI de Brumadinho, na manhã desta quinta-feira (4). Ele assumiu que tinha conhecimento dos painéis e laudos que sugeriam o monitoramento e as intervenções para reduzir o risco de ruptura da barragem. Para ele, a barragem estava segura.

— O que nós recebemos e eu vou deixar a cópia do material com a CPI, é que a barragem tinha fator de segurança adequado.

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Silva, que trabalhava na empresa há 24 anos, também disse que, quando a mineradora detectou o problema no 15º dreno, apenas parou a instalação e não realizou intervenções. Ela ainda afirmou que as decisões eram de responsabilidade do setor de geotecnia.


Para o relator da CPI, deputado André Quintão, já está claro que a Vale tinha conhecimento da instabilidade da Barragem B1.

— Nós já temos informações e leituras de depoimentos. Não adianta transferir a responsabilidade para funcionários. Os diretores sabiam tinham conhecimento das questões principais.


Se necessário, a CPI pretende pedir uma acareação entre os diretores da mineradora com a finalidade de esclarecer algumas responsabilidades.

— Nós já temos a acareação aprovada entre funcionários. 


O presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Noraldino Júnior, pretende levar novas questões à CPI. As denúncias recentes revelaram que detonações frequentes eram realizadas pela Mineração Ibirité e isso pode ter influenciado no rompimento da barragem de Brumadinho. A mineradora em Ibirité fica a menos de 1 quilômetro (824,24 metros) da barragem B1.

— Estamos levando essas informações à CPI para fazer a avaliação do quanto as detonações contribuíram com o rompimento da barragem.

* Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli

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