Engenheiros e funcionários da Vale deixam prisão na Grande BH
Grupo foi preso na investigação sobre o rompimento de barragem em Brumadinho; STJ concedeu habeas corpus aos cinco detidos
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Antônio Paulo, da Record TV Minas
Foram soltos, na tarde desta quinta-feira (7), os dois engeheiros e os três funcionários da Vale presos durante a investigação sobre o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os cinco deixaram a prisão graças a um habeas corpus do STJ (Superior Tribunal de Justiça), concedido nesta terça-feira (5).
André Yassuda, Makoto Mamba, Cesar Augusto Paulino Grandchamp, Ricardo de Oliveira, Rodrigo Artur Gomes de Melo estavam detidos na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde o dia 29 de janeiro.
Plano propõe que Vale pague vítimas de barragem e remova lama
A defesa do grupo recorreu ao STJ após ter tido negado um pedido de liberdade feito ao TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais). Os advogados alegaram que não havia razão para mantê-los presos, uma vez que já teria prestado todos os esclarecimentos solicitados. Além disso, na visão da defesa, a prisão representava um “constrangimento ilegal”.
Leia também
Brumadinho: Engenheiro preso foi premiado por estudo em barragem
Preso por tragédia de Brumadinho já foi investigado por caso Mariana
Tragédia em Brumadinho: a funcionária da Vale que alertou sobre o desastre pelo rádio e fugiu de ré em caminhão com 90 toneladas
Engenheiros não apresentam risco à investigação diz ministro
Em decisão unânime, os seis ministros da sexta turma do Superior Tribunal de Justiça concedeu, provisoriamente, o habeas corpus requerido. O relator do caso, ministro Nefi Cordeiro, destacou que os suspeitos já prestaram as declarações necessárias, que já foram feitas buscas e apreensões e não foi apontado que os presos oferecem qualquer risco à investigação, caso fiquem em liberdade.
O benefício concedido pela Corte é provisório e tem validade até que o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) analise o mérito do caso, mas não há previsão para que isso ocorra.
Veja o momento em que os detidos deixaram a prisão: