Duas máquinas vão ser usadas na demolição
Akemi Duarte / Record TV MinasUma escavadeira com 22 metros de altura deve inciar, nesta quarta-feira (25), a demolição do prédio que tombou em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, há sete dias.
O processo vai ser feito de cima para baixo, de forma que o braço da máquina destrua, aos poucos, as paredes de concreto, conforme explica o tenente-coronel Walfrido de Assis Lopes, superintendente da Defesa Civil municipal.
— Na extremidade do braço da máquina teremos uma tesoura que vai triturar o material em partes menores, de forma que cause o menor risco de colapso total da estrutura.
Quando a destruição chegar à metade do edifício de seis andares, uma segunda máquina ajudará a demolir a estrutura. A conclusão do trabalho pode demorar até 24 horas.
Início
Ainda segundo o tenente-coronel Walfrido, os preparativos para o início da demolição já foram feitos. O início dos trabalhos agora só depende da chegada do laudo de vistoria.
— Só falta chegar para mim o laudo pericial, que foi feito ontem e tem 24 horas para ficar pronto. Bem provável que ele fique pronto até às 12h.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros vai ser enviada ao local para acompanhar as atividades e a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) vai desligar o sistema de energia do entorno para evitar riscos de descarga.
A demolição vai ser feita por uma empresa contratada pela Prefeitura de Betim, já que a Justiça não conseguiu notificar oficialmente a construtora dona do prédio. O trabalho deve custar R$ 250 mil, que serão cobrados da empresa, posteriormente.
Walfrido explica, ainda, que os escombros vão ser deixados no local para eventuais perícias que podem ser feitas posteriomente.
— Caso o proprietário queira, ele poderá realizar a perícia de forma indireta, com ensaios de materiais e diversas outras técnicas que a engenharia conhece bem.
Desculpas
A Abrahim Hamza Construções se pronunciou pela primeira vez, na noite desta terça-feira (24). Em nota, a empresa pediu desculpas pelo ocorrido e disse que vai trabalhar para identificar o que provocou a falha na estrutura, que estava em fase final de construção. A construtora não citou possíveis indenizações para os compradores dos apartamentos que foram vendidos por até R$ 280 mil.