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Falsa enfermeira de BH teve ataque de pânico e se trancou em quarto dias antes de interrogatório

Quadro de saúde levou a defesa a pedir adiamento do interrogatório; com pedido do MPMG e da Defensoria devido a imprevistos, reunião foi remarcada para julho

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Falsa enfermeira teve ataque de pânico e se trancou em quarto
Falsa enfermeira teve ataque de pânico e se trancou em quarto Reprodução / Record TV Minas

A falsa enfermeira acusada de forjar um suposto esquema de vacinação contra a covid-19 em Minas Gerais, no início de 2021, teria enfrentado um quadro de ataque de pânico uma semana antes da primeira audiência com a Justiça, marcada para esta quinta-feira (1°).

O interrogatório, que aconteceria quase três anos após o caso, foi remarcado para julho deste ano após pedido do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), da Defensoria Pública e da defesa.

Em ofício enviado ao Judiciário na última terça-feira (30), o advogado de Cláudia Mônica Pinheiro Torres Freitas relatou que, nos últimos dias, "o quadro de pânico e psiquiátrico da Ré a mantém trancada no quarto, praticamente no escuro por 24 (vinte e quatro) horas, sem a mínima condição de saúde para lidar e comparecer à audiência".

No documento, o advogado ainda destaca que Cláudia desenvolveu uma série de problemas de saúde, desde 2021, quando ela se tornou alvo de investigação da Polícia Federal por, supostamente, vender falsas vacinas em uma época em que o imunizante era restrito a pessoas com mais de 80 anos.


Na lista de problemas de saúde, está uma fratura na coluna e uma ruptura aguda do tendão de aquiles. "Enfrentando até hoje ambos os tratamentos, somatizando o vivenciado pelo

presente processo, desde sua origem, a Ré desencadeou severo problema psíquico e


psicológico, sendo internada por mais de uma vez em hospital e atendida por médicos,

que culminou em uma forte crise de pânico".


Ao analisar o primeiro pedido de adiamento para esta quinta-feira (1°), a Justiça autorizou a participação de Mônica por chamada de vídeo. Entretanto, durante a reunião, o MPMG, a Defensoria Pública e a defesa da ré refizeram a demanda.

A Defensoria alegou que os réus Junio das Dores Guimarães, Igor Torres de Freitas, Danievele Torres de Freitas e Ricardo Carvalho de Almeida não tinham sido intimados.

Já o representante do Ministério Público, afirmou que não havia promotor disponível para participar do ato, devido a um conflito de agenda com outro ato designado na 3ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores.

Após o novo pedido, o juiz remarcou a audiência para o dia 31 de julho deste ano. A reportagem procurou o MPMG para comentar sobre a incompatibilidade de agenda e aguarda retorno. A defesa de Mônica não quis comentar sobre o caso. O R7 tenta contato com os advogados dos outros réus.

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