O anúncio do fechamento de uma escola pública tradicional do bairro Sagrada Família, na região Leste de Belo Horizonte, revoltou pais e alunos, que realizam uma série de protestos buscando reverter a medida.
A Escola Estadual Amélia de Castro Monteiro funciona há quase 70 anos no bairro e marcou a vida de várias gerações de jovens. Segundo servidores da instituição, há um mês eles foram informados de que seria feita uma fusão entre a escola e o Cicalt (Centro Interescolar de Cultura, Artes, Linguagens e Tecnologias), que funciona no mesmo bairro. Dias depois, a informação passada é de que a escola estadual encerraria suas atividades totalmente.
De acordo com os servidores, todas as informações sobre o assunto chegaram de forma extraoficial. A professora de história Cláudia Assis critica a falta de diálogo e afirma ter sudo surpreendida o com a triste notícia.
— Em nenhum momento houve um comunicado oficial. Fotos todos pegos de surpresa. Só após realizarmos manifestações que pais e alunos ficaram sabendo da situação.
Os manifestantes já se reuniram duas vezes. Eles afirmam que já nem é possível realizar matrícula para a unidade de ensino. A revolta dos professores e dos pais é maior ainda pelo fato da escola ter sido inteiramente reformada recentemente.
O presidente da ACOBASF (Associação Comunitária do Bairro Sagrada Família) concorda com os professores da unidade sobre a falta de diálogo do Governo de Minas com a comunidade e teme que os estudantes da região fiquem prejudicados.
— É a única escola da região que possui o EJA (Ensino de Jovens e Adultos).
Outro lado
Em nota, o Governo de Minas Gerais informou que nenhum aluno ficará sem assistência. O executivo alegou ainda que mantém diálogo com a comunidade escolar e analisa a proposta de integração da Escola Estadual América de Castro Monteiro com o Cicalt.