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Filhos saem em defesa de promotor preso suspeito de matar esposa

"Eu afirmo com toda a certeza que meu pai não teria capacidade de fazer uma coisa dessas", diz jovem em entrevista à Record TV

Minas Gerais|Shirley Barroso, da Record TV Minas

Dois dos cinco filhos do promotor preso suspeito de matar a mulher em Belo Horizonte falaram sobre o caso pela primeira vez, nesta sexta-feira (9), e saíram em defesa do pai, André Luis Garcia de Pinho.

Em entrevista exclusiva à Record TV Minas, uma semana após a morte de Lorenza Maria Silva de Pinho, os filhos mais velhos do casal, que tiveram as identidades preservadas, disseram estar sofrendo com a repercussão do caso.

Jovens relatam sofrimento com repercussão
Jovens relatam sofrimento com repercussão

A menina, de 15 anos, relatou que o promotor era cuidadoso com a companheira e sempre tentava ajudá-la a superar os problemas de saúde. Os jovens relataram que a mãe sofria um quadro profundo de depressão.

— Eu afirmo com toda a certeza que meu pai não teria capacidade de fazer uma coisa dessas. Qualquer pessoa que tenha o mínimo de conhecimento sobre a nossa família sabe disso. Ele abriu mãe da carreira para cuidar dela.


A jovem ainda afirmou que a família tinha pouco contato com o avô materno, Marco Aurélio Silva. Os parentes maternos foram os que questionaram a causa da morte de Lorenza. Inicialmente, o marido e o médico que socorreu a mulher relataram que ela teria se engasgado enquanto dormia.

Segundo a adolescente, o pouco contato com Marco Aurélio Silva fez os irmãos optarem por ficar com um casal de amigos da família enquanto o pai fica preso. Um documento assinado por Pinho e Lorenza, em 2014, já indicava que guarda dos filhos deveria ser destinada ao médico e amigo da família, Bruno Sander.


— Foi uma questão de intimidade e confiança. Eles [Sander e a esposa] nos conhecem muito mais. Conviveram muito mais conocos que o meu avô, que nunca fez questão de ser próximo.

Segundo os jovens, o avô ainda não conhecia o irmão mais novo deles, hoje com 2 anos. Em entrevista à Record TV Minas, Silva já havia relatado a dificuldade de relacionamento na família e disse suspeitar que o promotor André Pinho tentava evitar o contato.


Dia da morte

O filho mais velho de Lorenza e Pinho, de 16 anos, lembra que todos os irmãos estavam em casa no dia da morte da mãe. O jovem contou que acordou com a movimentação na casa, entre o fim da magrudada e o início da manhã do último dia 2 de abril.

— Quando eu acordei escutei o barulho da sirene e meu pai veio, muito triste, falar que a mamãe havia falecido. Eu não acreditei na hora.

A irmã do rapaz relatou como foi a noite e o dia anterior à morte. Segundo ela, Pinho passou toda a quinta-feira (1º) com a esposa no quarto. Segundo a filha, Lorenza não queria sair do local por não se sentir bem, em função da depressão.

Durante a noite, ele assistiu a um programa de TV com ela e o irmão caçula, na sala, mas depois voltou para o quarto. Durante a magrudada, ela foi acordada pelo pai.

— Ele me disse que a minha mãe estava passando mal e pediu para eu ficar com o meu irmão caçula. Eu não saí do quarto porque não era novidade para mim a minha mãe passar mal. Ouvi o barulho da ambulância e um entra e sai da casa. Depois o silêncio. Eu liguei para o meu pai e ele chegou chorando falando que ela havia falecido.

Relembre o caso

Lorenza Maria Silva de Pinho morreu na madrugada da última sexta-feira (2), aos 41 anos, no apartamento em que ela morava com o marido, o promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho e os cinco filhos do casal, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte.

André de Pinho alegou, em depoimento, que a mulher teria se engasgado. Ele disse que chamou uma ambulância do Hospital Mater Dei e, quando eles chegaram, ela já estaria morta. O primeiro laudo médico do óbito, antes de as investigações começarem, dizia que Lorenza morreu por autointoxicação, mas a perícia indicou ter encontrado sinais de violência no corpo da mulher.

O corpo de Lorenza, que chegou a ser levado para a funerária contratada pelo marido, ainda está no IML (Instituto Médico Legal). Ele só será liberado após autorização dos investigadores.

A defesa de Pinho alega que o corpo de Lorenza ficou marcado devido às manobras de socorro realizadas pelos médicos durante o atendimento.

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