Foto da arma usada para matar gari é divulgada; suspeito diz que esposa delegada não sabia do crime
Em novos trechos do depoimento obtidos pela RECORD MINAS, Renê inocentou a companheira e afirmou que pegou a arma escondido
Minas Gerais|Maria Luiza Reis, do R7, com Pablo Nascimento, da Record Minas
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Pela primeira vez, veio a público a imagem da pistola calibre .380 usada no assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte, no dia 11 de agosto. A arma foi apreendida no apartamento de luxo onde mora o autor confesso, Renê da Silva Nogueira Júnior, em Nova Lima, na Grande BH. A pistola pertencia à esposa de Renê, a delegada da Polícia Civil Ana Paula Lamego Balbino. Em novos trechos do depoimento obtidos pela RECORD MINAS, o gestor comercial inocentou a companheira e afirmou que pegou a arma escondido, sem que ela percebesse.
Renê relatou ainda que, após retornar do almoço no dia do crime, devolveu a pistola ao mesmo local onde a encontrou para não levantar suspeitas.
O suspeito declarou que essa teria sido a primeira vez que teve acesso à arma, alegando que a levou por medo da região onde trabalhava. Ele havia iniciado o emprego apenas uma semana antes do homicídio.
Contato com a delegada
O suspeito contou ter feito contato com a esposa em duas ocasiões no dia do crime. A primeira, pouco depois do disparo, quando Ana Paula teria perguntado se ele já havia chegado ao trabalho. Mais tarde, durante o almoço, Renê enviou uma mensagem de texto perguntando se ela já havia passeado com os cães.
Em ambas as conversas, ele alega não ter mencionado o ocorrido. A delegada é alvo de investigação pela Corregedoria da Polícia Civil.
Dinâmica do crime
Segundo depoimento de Renê, no qual pela primeira vez ele confessou o crime, ao se deparar com o caminhão de coleta de lixo bloqueando parte da rua, teria sacado a arma para se proteger. Ele afirma que a motorista viu o revólver e avisou aos colegas, que teriam ido em sua direção. Nesse momento, a pistola teria disparado. O suspeito disse que não percebeu que havia atingido Laudemir e deixou o local acreditando que seria responsabilizado apenas por porte ilegal de arma.
Ainda em depoimento, Renê afirmou que não discutia com Laudemir, mas com outro gari. Ele garantiu que só soube da morte da vítima horas depois, quando foi preso em uma academia no bairro Estoril.
Investigação prorrogada
A morte de Laudemir completou dez dias nesta quarta-feira (20). Com isso, terminou o prazo inicial para a conclusão do inquérito policial. O delegado responsável pelo caso, no entanto, solicitou a prorrogação por mais 30 dias, como prevê a legislação, alegando que ainda há pontos a serem esclarecidos.
Renê segue preso preventivamente no presídio de Caeté, na Grande BH, à disposição da Justiça.
Justiça nega bloqueio de bens
A Justiça de Minas Gerais não decretou o bloqueio de bens do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior e da delegada Ana Paula Balbino, sua esposa, no valor de R$ 3 milhões. A decisão, da juíza Ana Carolina Rauen Lopes De Souza, do Tribunal do Júri de Belo Horizonte, foi divulgada na tarde desta quarta-feira (20).
O pedido de bloqueio de bens havia sido solicitado pela defesa do gari e pelo Ministério Público Estadual com a justificativa de uma futura indenização aos familiares da vítima. Na decisão, a juíza argumenta que não há qualquer indício de que esteja ocorrendo a dilapidação de patrimônio.
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