Fuad Noman diz não ter “plano” B caso Kalil não o apoie nas eleições para Prefeitura de BH

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), afirmou nesta sexta-feira (7) que não tem um “plano B” caso o ex-prefeito Alexandre Kalil, do mesmo partido, decida não apoiá-lo nas urnas neste ano para a prefeitura da capital. Nesta quinta-feira (6), Kalil se reuniu com pré-candidato petista, o deputado federal Rogério Corrêa e também vem se reunindo com outros pré-candidatos. O ex mandatário de Belo Horizonte já declarou que não tem obrigação de apoiar qualquer candidato no pleito municipal.

Em tom de respeito, mas sem esconder um desânimo durante um café com jornalistas, na sede da prefeitura, Noman afirmou que a decisão será de Kalil. “Nosso partido é muito aberto e democrático. Então o Kalil tem toda a liberdade de escolher onde ele quer ir. Ele pode apoiar candidato A, B ou ninguém. Eu gostaria muito que ele viesse me apoiar, ainda tenho esperança, mas é preciso respeitar a posição dele, porque logicamente ele vai avaliar o cenário”, comentou Noman.

No caso de Kalil não seguir com Fuad, ele afirma que não há como ter apoio de outra grande figura política. “Não tenho outra grande figura política para buscar. Lula já tem candidato. Bolsonaro já tem candidato e o governador também”, pontuou o prefeito.

Durante o congresso da Associação Mineira dos Municípios (AMM) realizado em Belo Horizonte nesta semana, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira declarou que, por ser do mesmo partido de Fuad, Kalil iria naturalmente apoiar o atual prefeito na reeleição. A declaração foi vista como um a tentativa de tirar Kalil da neutralidade quanto a disputa pela PBH, mas até o momento Kalil não se posicionou publicamente.

Fuad foi vice de Kalil na chapa para a prefeitura da capital nas eleições de 2020. Ele assumiu o cargo de prefeito quando Kalil deixou o cargo em 2022 para disputar as eleições para o governo do Estado.

Vice na chapa

Durante o café, Fuad ainda apontou que um possível vice em sua chapa deve vir do União Brasil. Um nome está sendo estudado pela sigla. “Quando fizemos o acordo com o União (Brasil), demos para eles a escolha de escolher o vice. Exatamente para termos outra visão e o União também tem mais de dois minutos de tempo de TV. Então o União tem a preferência para a escolha do vice”, disse Fuad.

Anel Rodoviário

Em fevereiro deste ano, o Governo Federal e a PBH assinaram um acordo para garantir R$ 65 milhões para a primeira fase de obras no anel rodoviário, que visa a construção de alças de acesso entre o Anel Rodoviário e a BR-040 e a ligação com a Via Expressa. Sobre o tema, Fuad apontou que tomou o que chamou de “decisão maluca”.

“Eu tomei uma decisão maluca. Eu pedi para o Dnit me dar o Anel Rodoviário de presente para Belo Horizonte. Porque? Porque nós não conseguimos avançar em nada com o Dnit nessa questão. Ah, mas vai gastar R$ 1,5 bilhão, vai, mas vai salvar vidas. Sobre o primeiro viaduto já está tudo pronto, estamos esperando só o Dnit assinar para começarmos a obra e quero começar o mais rápido possível”, afirmou.