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Fundador da Ricardo Eletro deve ser solto nesta quinta (9), diz advogado

Marcelo Leonardo disse que MP acatou o pedido de liberado por Ricardo ter "contribuído com as investigações"; empresário foi preso nesta quarta (8)

Minas Gerais|Célio Ribeiro* e Lucas Pavanelli, do R7

Ricardo Nunes foi preso nesta quarta-feira (8) em operação contra sonegação
Ricardo Nunes foi preso nesta quarta-feira (8) em operação contra sonegação Ricardo Nunes foi preso nesta quarta-feira (8) em operação contra sonegação

Responsável pela defesa do empresário Ricardo Nunes, o advogado Marcelo Leonardo afirmou que o ex-principal acionista da Ricardo Eletro deve ser solto ainda nesta quinta-feira (9). O empresário foi preso nesta quarta-feira (8), em São Paulo, durante operação contra sonegação fiscal. Segundo as investigações, em cinco anos, o grupo teria sonegado quase R$ 380 milhões

De acordo com ele, o MPMG (Ministério Público do Estado de Minas Gerais) teria aceitado soltar Ricardo “em virtude de sua colaboração com a investigação”.

Conforme a defesa, Ricardo teria dito no depoimento que nunca houve sonegação de impostos em suas empresas, e sim que a Ricardo Eletro enfrentou “dificuldades financeiras” ao longo dos anos. Isso teria feito com que o grupo solicitasse o parcelamento do pagamento de impostos.

— Também não há que se falar em lavagem de dinheiro, todas as empresas eram de seus legitimos proprietários. Os objetoso sociais delas eram verdadeiros, e não há nenhuma confusão patrimonial.

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A filha dele, Laura Nunes, que também foi presa durante a Operação "Direto com o Dono", um dos bordões usados por Ricardo Nunes nas propagandas da Ricardo Eletro, foi solta na noite de quarta-feira (8). 

Investigação

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Conforme investigação do Ministério Público, o grupo teria sonegado impostos devidos ao Estado de Minas Gerais. A fraude teria ocorrido ao longo de cinco anos da seguinte forma: as empresas da rede de varejo cobravam dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o valor correspondente ao imposto. No entanto, os investigados não faziam o repasse e se apropriavam desses valores, que deveriam ir para os cofres do Estado.

A empresa encontra-se em situação de recuperação extrajudicial, sem condições de arcar com as dívidas, fechou diversas unidades e demitiu dezenas de trabalhadores. Mas o principal dono do negócio possui dezenas de imóveis, participações em shoppings na região metropolitana de Belo Horizonte e fazendas.

Os bens não estão registrados em nome do investigado, mas de suas filhas, mãe e até de um irmão, que também são alvos da operação de hoje. O crescimento vertiginoso do patrimônio individual do principal sócio ocorreu na mesma época em que os crimes tributários eram praticados, o que caracteriza, segundo a Força-Tarefa, crime de lavagem de dinheiro.

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