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Gerente da Vale preso teria coagido engenheiro a assinar laudo

Além do executivo, outros sete funcionários da empresa foram presos, na manhã desta sexta-feira (15), em investigação sobre barragem

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Tragédia matou, até o momento, 166 pessoas
Tragédia matou, até o momento, 166 pessoas

Um dos funcionários da Vale presos, na manhã desta sexta-feira (15), em investigação sobre o rompimento da barragem de Brumadinho, teria coagido o engenheiro Makoto Namba, da empresa alemã Tüv Süd, a assinar o laudo que atestou a estabilidade da estrutura.

De acordo com o juiz Rodrigo Heleno Chaves, que decretou as prisões, o resposável pela coação teria sido o gerente-executivo de geotecnia corporativa, Alexandre de Paula Campanha, sob a "condição de perder o contrato".

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Namba relatou o caso durante depoimento colhido no final de janeiro, quando ele também foi preso. O engenheiro foi solto no dia sete de fevereiro.


Segundo o MPMG (Ministério Público Federal), Campanha é responsável por canalizar "informações sensíveis sobre as questões de geotecnia, dentre elas a estabilidade de barragens". Ele é o responsável pela regularidade formal das estruturas, "a partir do controle de revisões periódicas e auditorias técnicas.

Além de Campanha, oito pessoas foram presas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. A reportagem tenta contato com a defesa dos presos. Procurada pelo R7, a Vale informou que está cooperando com as investigações, mas não comentou sobre a possível coação feita pelo funcionário.


Veja a íntegra da nota da Vale:

"A Vale informa que o Ministério Público do Estado de Minas Gerais deflagrou operação com o objetivo de cumprir novos mandados de busca e apreensão e de prisão temporária relacionados ao rompimento da barragem da mina do Córrego de Feijão.

A Vale está colaborando plenamente com as autoridades e permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas."

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