O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT) afirmou, na tarde desta terça-feira (5), que os ataques a ônibus e delegacias do Estado são "obra de uma facção criminosa" que atua em todo o Brasil. Pimentel se reuniu com as forças de segurança para tratar do assunto, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
Sem nomear a suposta autoria do PCC (Primeiro Comando da Capital), Pimentel informou que mandou reforços para o policiamento nas cidades do sul de Minas e Triângulo Mineiro. Ao todo, já foram confirmados ataques em 26 municípios do Estado e a destruição de 36 ônibus coletivos.
O governo informou ainda que 47 suspeitos foram detidos, desde o último domingo, quando as ações começaram em Minas. De acordo com Pimentel, a motivação da facção seria justificada pelo rigor nas prisões do Estado.
—Estamos pagando o preço por nosso sistema prisional ser mais rigoroso.
Sem dar mais detalhes, durante a reunião, foi decidido que haverá transferência de presos para o sistema carcerário federal. No entanto, não há informação de quais detentos serão remanejados e como se dará a operação.
Ataques em Minas
Desde de domingo (3), 26 cidades mineiras foram alvos de ataques a ônibus e o Estado já soma 36 coletivos destruídos. Uma delegacia, um ponto de apoio da Polícia Militar, três agências bancárias, uma viatura do sistema prisional e uma caminhão da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) foram queimados.
A polícia investiga se os crimes têm ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo. Áudios circulam em redes sociais de supostos envolvidos articulando o ataque pela internet. A polícia ainda apura a veracidade das gravações. Até o momento, 33 pessoas foram presas e um menor apreendidos suspeitos de envolvimento.
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