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Governo de MG alerta que água do rio Paraopeba põe saúde em risco

Autoridades do Estado orientam a população a não consumir água 'para qualquer finalidade, até que a situação seja normalizada'

Minas Gerais|Fernando Mellis, do R7

Água do rio Paraopeba não deve ser consumida
Água do rio Paraopeba não deve ser consumida

As águas do rio Paraopeba, em Minas Gerais, atingidas pela lama de rejeitos da barragem da mina do Feijão, oferecem "riscos à saúde humana e animal", alertou o governo de Minas Gerais na manhã desta quinta-feira (31).

Em nota, três secretarias (Saúde; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informam que "citados não indicam a utilização da água bruta do rio Paraopeba para qualquer finalidade, até que a situação seja normalizada".

"Qualquer pessoa que tenha tido contato com a água bruta do rio Paraopeba — após a chegada da pluma de rejeitos — ou ingerido alimentos que também tiveram esse contato, e apresentar náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tonteira, ou outros sintomas, deve procurar a unidade de saúde mais próxima e informar sobre esse contato", diz a nota.

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As autoridades ressaltam que o contato eventual com a lama ou com a água do rio não é grave, mas deve ser evitado. "Deve ser respeitada uma área de 100 metros das margens. O contato eventual não causa risco de morte. E para os bombeiros, que têm trabalhado em contato mais direto com o solo, a orientação da Saúde é para que utilizem todos os equipamentos de segurança", completa o comunicado.

A Vale terá que fornecer água potável aos moradores de todas as regiões afetadas. Além disso, não será permitida a construção de novos poços artesianos no curso do rio Paraopeba, em cerca de 20 cidades.


Órgãos de controle também monitoram o deslocamento dos resíduos, que já atingiram 9 km de distância da barragem, seis dias após o rompimento. A Vale instalou redes no rio, que funcionam como uma espécie de filtro, para tentar evitar que resíduos sólidos se espalhem ainda mais. 

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