Governo de MG publica edital de privatização do metrô e divulga data de leilão
Projeto prevê 30 anos de concessão e investimento de R$3,7 bilhões; leilão foi marcado para o dia 22 de dezembro em São Paulo
Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7
O edital para a concessão do metrô de Belo Horizonte foi publicado, nesta sexta-feira (23), e o leilão para a privatização da operação está previsto para acontecer no dia 22 de dezembro, na Bolsa de Valores, em São Paulo. O contrato tem 30 anos e prevê o investimento de R$3,7 bilhões.
Segundo o projeto divulgado pelo Governo de Minas Gerais, a empresa que sair vitoriosa da concessão vai se tornar responsável pela gestão, operação e manutenção da linha já existente e da ampliação do metrô.
Atualmente, Belo Horizonte tem apenas uma linha (Novo Eldoraldo - Vilarinho), que atende os usuários da capital mineira e de Contagem, na região da metropolitana. Com a ampliação, a expectativa é que seja construída a linha 2, que vai seguir do bairro Nova Suíça até a região do Barreiro, com 10,5 km de extensão e sete novas estações.
Ainda segundo o projeto, a previsão é que a nova linha comece a funcionar depois do quarto ano de privatização e que em até seis anos todo a operação esteja funcionamento.
A empresa vencedora ainda será responsável por renovar a frota de trens e modernizar as operação, além de melhorar a conexão com o transporte por ônibus. O edital descreve ainda sobre a construção de banheiros gratuitos nas estações e a ampliação do número de viagens.
Greve dos metroviários
A publicação do edital acontece em meio a insatisfação dos funcionários do metrô com a privatização da operação. Desde que o TCU (Tribunal de Contas da União) deu o aval para a continuidade do processo, no dia 24 de agosto, a categoria se mostrou contrária à decisão e anunciou uma paralisação das atividades.
A greve chegou a ser total, mas, desde o dia 27 do mês passado, os servidores cumprem a escala mínima de 60% determinada pela Justiça. Os metroviários acusam o Governo Federal de falta de diálogo no projeto e temem que os concursados sejam demitidos quando a iniciativa privada assumir as operações.